GP da Itália/92 - Ayrton Senna em 1º, Martin Brundle em 2º e fechando em 3º Michael Schumacher |
Estreou na F1 no mesmo no que o brasileiro, 1984 e encerrou sua carreira em 1996, só não correu no ano de 1990, sem jamais ter vencido um grande prêmio na categoria, foram 165 corridas.
Seu melhor ano na F1 foi 1992, quando dividiu os boxes da Benetton com Michael Schumacher, o inglês ficou no final da temporada 15 pontos atrás do alemão.
Por suas experiências ao lado de Ayrton Senna e Michael Schumacher, Martin Brundle é dos poucos que podem definir esses dois gênios da F1 com alguma exatidão.
Em entrevista ao extinto site "Tazio", Martin disse o que via em cada um, confira abaixo:
Martin e Ayrton nos tempos da Fórmula 3 Inglesa - 1983 |
“Schumacher me
lembrava Senna, quando corri contra ele na F3. Quando eu conseguia finalmente
batê-lo, ele não lidava bem com isso e começava a cometer um monte de erros,
assim como Senna errava. Acho que esses caras, com o sentimento de grandeza que
já estava dentro deles, não conseguiam entender como alguém os batia com o
mesmo equipamento”, opinou.
Brundle logo percebeu com a chegada de Schumacher, que ali
estava um grande piloto que ajudaria a mudar os parâmetros do esporte.
“Ele era claramente rápido, forte – tanto dentro, quanto
fora do carro. Ele estava em ótima forma física. Eu lembrava de sua incrível
forma física, mesmo naquela época”, destacou.
“Ele chegou à F1 e a
mudou, já que ele guiava em todas as curvas, em toda a volta e em todo GP em
velocidade máxima. Nós, os outros pilotos, não conseguíamos fazer isso.
Vínhamos de uma época onde a prioridade era manter o carro inteiro, confiável.
Ele chegou à F1 na época certa com aquele novo nível de forma física – e coube
a todos os outros tentarem acompanhar o ritmo.”
Em 1992, Martin e Michael foram companheiros na Benetton |
Para o inglês, Michael Schumacher teria sido ainda maior,
não fossem as atitudes controvérsias ao qual se envolveu em sua carreira.
“Ele fez algumas coisas
ruins em sua carreira na pista, algo que acho que ele se arrepende. Isso é uma
pena”, comentou.
“Mesmo que [sem as
controvérsias] ele tivesse vencido três corridas a menos e um campeonato a
menos, por exemplo, e tivesse sido correto dentro da pista, ele seria uma lenda
maior. Ainda assim, seus desempenhos eram algo especial. Ele estabeleceu um
novo e mais alto parâmetro”, admitiu.
Martin também falou sobre a última passagem de Michael
Schumacher na categoria, pelo Mercedes.
“[A segunda passagem de Schumacher pela F1] Não deu certo
porque o jogo evoluiu e, com 40 anos, ele não tem os mesmos reflexos que tinha
aos 20. Em sua primeira carreira, além da habilidade, ele conseguiu negociar
com o melhor carro, o posto de número um, a melhor equipe ao seu redor, os
pneus focados nele, como era o caso da Bridgestone… Ele tinha várias vantagens
‘injustas’, mas é uma característica de um campeão fazer isso acontecer”,
analisou o inglês.
“Mas, em várias
maneiras, a F1 se trata do amanhã, e não do ontem. Todos estão de olho nas
estrelas do amanhã, no próximo campeão mundial. Mas Michael saiu com o grande
respeito do paddock da F1.”
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - torcendo...
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