terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014 - Ano de copa, ano de 30, uma nova largada...



Mais um ano se vai, ou menos um ano em nossas vidas, difícil escolher uma das duas frases.
2013 se foi, um ano de lágrimas, dor, dúvidas, burradas, erros, mas principalmente um ano de amadurecimento, volta por cima, trabalho, superação, acertos.
O importante é que em tudo aprendemos, uma certa pessoa me disse ontem que em tudo Deus vai nos moldando, e isso é verdade.
Tudo é ensinamento, tudo é experiência, basta termos sabedoria para não cometer os mesmos erros, ou pelo menos evitá-los e saber que, nosso passado, certo ou errado só nos serve como lembrete para nos tornar pessoas melhores.
É seguir em frente, fazendo o melhor, fazendo a vontade de Deus e com certeza tudo dará certo, mesmo quando tudo estiver "dando errado", dentro da vontade de Deus, com certeza dará certo.
Uma nova largada se inicia com a chegada de um novo ano, hora de procurar ser melhor, hora de agir, sem medo, confiante em Deus.
Na verdade não é porque está começando um novo ano que devemos começar a buscar melhoria em nossa existência, toda hora é hora disso, mas as pessoas gostam de ler, então está aí.
Feliz 2014 cambada!

Rômulo Rodriguez Albarez - SP/SP - #prayformichaelschumacher 

Michael Schumacher #prayforMichael

Aqui no blog o ano já havia terminado quando recebemos a terrível notícia do acidente de Michael Schumacher. O ex-piloto e heptacampeão de Fórmula 1 sofreu um grave acidente quando esquiava em uma parte não sinalizada de uma estação de esqui na França.
Dois dias após o acidente Schumacher segue "lutando pela vida" segundo os médicos que estão cuidando do alemão, que segue em estado grave.
Michael nunca esteve entre meus pilotos favoritos, e isso acontece não só na minha lista de pilotos favoritos, mas na maioria, mas é impossível deixar Schummi de lado quando o assunto é relacionado aos maiores da história, o alemão certamente está ali, no top 5, pra não dizer top 2.
O momento é de torcer pela vida de Michael, o momento é de aguardar, de ter fé. O alemão faz 45 anos dia 03 de janeiro. #prayforSchumacher


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - orando.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mark Webber - Nada mal para um segundo piloto!

Mark Webber em 2002 na Minardi
Um vídeo bem feito homenageando Mark Webber, que se aposentou da Fórmula 1 em 2013.O vídeo mostra imagens de toda a carreira do australiano, desde seu primeiro GP, em que correu na Austrália com um Minardi e faturando um mágico 5º lugar, depois passando por Jaguar, Williams, Red Bull e os mais famosos episódios com Sebastian Vettel, incluindo o "multi 21" até a última corrida, no Brasil em que Mark terminou em segundo. Vale a pena:


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Ociosidade!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Nelson Mandela - "Com a palavra, Alex Dias Ribeiro" (parte 3)

Nelson Mandela - 1918 - 2013

E com a palavra, Alex Dias Ribeiro

Se não fosse o Mandela...

Durante 11 anos lecionei para lideres dos quatro cantos do mundo em uma escola de formação de lideres de ministérios esportivos em Stellenbosch na África do Sul.

Aproveitei uma dessas viagens para realizar um sonho: participar de um Safari! Para ganhar um dia a mais em minha aventura com leões, elefantes, rinocerontes, girafas e outros bichos mais, resolvi voltar no trem noturno para Johanesburgo onde pegaria meu vôo para o Brasil.

O dono da excursão foi comigo até a estação acompanhar o meu embarque. Ele era um coroa grandão, meio barrigudo, muito forte e descendente de holandeses nascido e criado África do tempo de Apartheid.

Na maior cara de pau ele furou ostensivamente, junto comigo, uma fila de umas 200 pessoas que esperavam o guichê abrir para comprarem suas passagens. Como não encontrou ninguém do outro lado da grade, ele começou a esbravejar e gritar numa língua que eu não entendia.

Quando o funcionário apareceu, ele o tratou aos berros que nem cachorro sem dono, até arrancar de suas mãos uma passagem para mim. Colocou o bilhete na minha mão, na frente de todos da fila furada, despediu-se rapidamente e foi embora, deixando-me, mudo e morto de vergonha e medo.

Um detalhe; eram todos negros e eu o único branco no meio da multidão deles. A cena foi tão grotesca que em nossa cultura eu deveria ser linchado merecidamente só por estar junto com aquele branco que cresceu tratando seus conterrâneos daquela maneira.

Os olhares da multidão focada em mim não eram lá muito amáveis, a noite inteira viajando numa cabine sem tranca na porta, foi um misto de insônia e pesadelos onde eu me via esfaqueado e jogado pela janela do trem...
Mas nenhum deles teve uma palavra, gesto ou atitude ofensiva contra a minha pessoa.

E assim eu senti na pele o que a liderança de um homem de boa vontade e princípios de paz pode exercer na vida e no coração de seus liderados. Depois de 27 anos na prisão por conta de seus ideais, Nelson Mandela na posição de presidente da África do Sul, teve a faca e o queijo na mão para se vingar de seus opressores com um banho de sangue sem precedentes na historia de seu país. Mas preferiu os caminhos do perdão e da paz. E os incutiu muito bem em seus seguidores.

O que poucos sabem, porque esse tipo de noticia não dá muito IBOPE, é que Nelson Mandela teve uma formação Cristã em sua infância e tinha a Bíblia por companheira em sua cela na prisão. Se assim não fosse, é bem provável que eu não voltasse vivo daquela viagem...


Alex

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." Nelson Mandela
Rômulo Rodriguez Albarez - Sampa/SP - Salve Madiba!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

F1 2013 - A histórica despedida de Mark Webber

Como todos sabem Mark Webber é um de meus pilotos favoritos, ele não é um multi-campeão ou uma lenda do esporte, mas ele vê a Fórmula 1 de um jeito mais humano, que respeita suas tradições, que é contra esse excesso de burocracia ao qual o capitalismo impôs a categoria, ou seja, um Fórmula 1 que não existe mais.
A despedida de um piloto que pode se orgulhar de sua carreira é sempre especial, eu estava em Interlagos na despedida de David Coulthard em 2008, o escocês que foi um piloto mais ou menos do mesmo calibre de Mark, correu com uma Red Bull personalizada, foi bem legal, porém ele não terminou corrida por problemas com o carro, e por coincidência, Webber era o companheiro de Coulthard.

Despedida foi algo que faltou para pilotos como Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli, os italianos ainda tentavam vaga para o próximo ano e quando se deram conta, estavam desempregados.
Talvez uma despedida foi a única coisa que faltou para Rubens Barrichello, além do título claro.
Voltando a Mark Webber, o australianos fez de sua despedida algo especial, algo que se tornou a imagem do GP Brasil e com certeza uma das três imagens que mais marcaram no ano, ao tirar o capacete, na pista, voltando para os boxes, Webber mostrou e provou tudo que ele vem tentando mostrar e falar, foi algo épico, histórico e que representa muito mais do que simplesmente um piloto com a cara no rosto.

Mark Webber esfregou na cara dos que comandam a Fórmula 1 que o fator "show", "espetáculo", "o que o público quer e tem direito de ver" precisa voltar imediatamente para a Fórmula 1, a categoria está ficando chata, os pilotos são humanos, o público quer ver show, quer ver algo inesperado, quer ver zerinhos, piloto subindo na grade, o público quer contato com a Fórmula 1 e toda a emoção que ela é capaz de dar.

Abaixo a entrevista de Webber sobre sua despedida com direito a volta histórica e tombo no pódio:

“Não foi fácil separar o Hans do capacete, então eu passei metade da volta tentando tirar o Hans. Eu consegui, mas os carros são muito barulhentos quando se está sem capacete. Eu sei disso, estava realmente barulhento. Você pode ouvir muitas coisas que você não quer ouvir com o capacete, com certeza. Foi bom tirá-lo”, detalhou Webber.

“Neste esporte, nem sempre é fácil mostrar a pessoa que você é por trás do volante. Podemos fazer isso em um monte de esportes, mas na Fórmula 1, na qual sempre estamos de capacete. Foi bom pilotar sem ele. Você só é visto sem capacete no pódio se tiver um bom dia, e nós dois (Webber e Vettel) conseguimos. No fim, peguei um pouco de tráfego, então os comissários devem ter se preocupado um pouco que eu não consegui virar para a esquerda. Mas no fim das contas, foi tudo bem”, completou.

“Quero agradecer à equipe, eu realmente aproveitei as últimas voltas. Foi uma grande maneira de terminar. Quero agradecer a todos na Austrália – eu não estaria aqui se não fosse o apoio nos primeiros dias. Aproveitei muito toda minha carreira. Foi uma grande jornada, da qual eu estou orgulhoso, e há muitas pessoas que tiveram um papel fundamental na minha carreira. Elas sabem quem são. Obrigado se vocês estão assistindo. Aproveitem a Fórmula 1 no ano que vem com esses caras”, finalizou.

Mark Webber com certeza fará falta nessa Fórmula 1 cada vez mais distante de seu público.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - sono!

Emerson Fittipaldi sobre Ayrton Senna

Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna
O texto abaixo relata um Ayrton Senna que apenas uma pessoa conhece, Emerson Fittipaldi, o texto original em inglês foi traduzido por Juliano “Kowalski” Barata, do site Tazio F1. Emerson conta desde o dia que conheceu Senna até o seu histórico funeral, o texto é longo as vale muito a pena:

Ayrton Senna, from the heart

O começo: a equipe Van Diemen (Fórmula Ford)

Penso no Ayrton sempre que vou a Interlagos, especialmente porque foi em Interlagos que o encontrei pela primeira vez, em 1976, quando ele tinha apenas 16 anos. Eu estava testando o meu carro de Fórmula 1 da Copersucar, e ele e o pai dele, Milton, estavam assistindo.

Naquele dia, Ayrton competiu com o seu kart no kartódromo de Interlagos, ao lado do autódromo, e como era costumeiro, venceu a prova. Ele estava ganhando tudo no kartismo brasileiro naquela época, e por isso eu já tinha ouvido tudo sobre ele. Também conhecia o seu pai. O Milton era um homem bem sucedido, proprietário de várias fábricas em toda a região de São Paulo.
Milton se aproximou de mim e pediu alguns conselhos – e eu respondi sem titubear. “Entre em contato com Ralph Firman”, disse. Não o Ralph Firman jr, o piloto que correu em 15 provas pela Jordan em 2003, mas sim, o seu pai, Ralph Firman sr, que fundou em 1973 a lendária equipe de Fórmula Ford Van Diemen, próximo ao autódromo de Snetterton, em Norfolk (Reino Unido), e que foi o meu mecânico quando Jim Russell me convidou para correr em seu F3 Lotus 59 no Guards Trophy de 1969, em Brands Hatch – foi a minha primeira prova de F3. Não me qualifiquei na primeira prova, mas venci a segunda etapa e terminei em terceiro na 3ª bateria: nada mal para uma estreia.
Então eu conhecia o Ralph muito bem, e eu o recomendei com muitos créditos, pois tinha certeza de que ele seria o cara certo para o Milton e o Ayrton entrarem em contato e direcionarem os seus esforços para o próximo passo – a importante jornada do Brasil para a Europa, o salto gigante que eu mesmo trilhei sete anos antes. Por sinal, foi um bom conselho: Milton entrou em contato com Ralph, eles fecharam um contrato e Ayrton pilotou, com muito sucesso, os carros da Van Diemen por alguns anos, vencendo o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600 com um Van Diemen RF81, em 1981.
Mas eu já sabia que Ayrton seria especial, bem antes de ele se tornar campeão da F-Ford, e por algum tempo estive procurando a oportunidade de ajudá-lo a ir mais longe. Em 1980, eu tive esta chance. Na prova de Osterreichring daquele ano, eu iria correr de F1 e Ayrton competiria na prova de abertura, de Fórmula Ford 2000. Ele tinha 20 anos na época, e ainda era muito tímido. Eu estava em meu último ano na F1, pilotando o Fittipaldi, criação minha e de meu irmão Wilson.
Naquele fim de semana, eu apresentei Ayrton de uma ponta a outra do pitlane de Osterreichring, apresentando-o para cada os chefes de equipe, um a um. “Este rapaz será campeão mundial, talvez será campeão mundial muitas vezes”, eu dizia a todos. Talvez eles acharam que eu estava ficando maluco – ou, mais provavelmente, que estava só fazendo propaganda forçada para um compatriota –, mas eu já sabia que eu estava dizendo a verdade, toda a verdade, e nada mais do que a verdade.

Os meus pilotos favoritos de todos os tempos

Muitos me perguntam qual o melhor piloto de todos os tempos em minha opinião, e frequentemente esta pergunta já tem um direcionamento para que eu diga que é o Ayrton. Mas é muito difícil – talvez impossível – de se equiparar pilotos de diferentes épocas, e é por isso que não gosto muito deste comparativo.
Meus heróis são caras como Tazio Nuvolari, o chamado “mantuano voador” das décadas de 1920 e 1930, que foi descrito por Ferdinand Porsche como “o maior piloto do passado, do presente e do futuro” e que pilotou de forma tão majestosa pela Bugatti, Alfa Romeo, Maserati e finalmente a Auto Union; Achille Varzi, o grande amigo e rival de Nuvolari, que ganhou mais de 30 corridas pelas mesmas quatro fabricantes na mesma época; Rudolph Caracciola, que triunfou no Campeonato Europeu de Pilotos (o predecessor ao Campeonato de Pilotos da F1) pela Mercedes-Benz em 1935, 1937 e 1938; Bernd Rosemeyer, que era praticamente imbatível em seu Auto Union no amedrontador Nürburgring Nordschleife na década de 1930 e que certa vez venceu uma prova com espessa neblina; Juan Manuel Fangio, que venceu 24 grands prix e conquistou cinco campeonatos de F1 durante a década de 1950; Jim Clark, que conquistou dois campeonatos mundiais e 25 corridas pela Lotus entre 1962 e 1968, e que só chegou em segundo em uma corrida (um dado quase emblemático da cultura “ganhe ou quebre” de Colin Chapman, nosso ex-chefe de equipe da Lotus); Jackie Stewart, que venceu três campeonatos mundiais e 27 provas de 99 largadas, e que considero o meu rival mais estimado durante minha carreira na F1; Michael Schumacher, que conquistou 91 corridas e sete campeonatos mundiais, um magnum opus que não sabemos se será batido por Sebastian Vettel, a atual megaestrela da Fórmula 1, que precisa estar entre os grandes pilotos que eu tive o prazer de listar para vocês.
Sem dúvida alguma, Ayrton pertence a esta lista – e, talvez porque ele era brasileiro como eu, e talvez porque ele era o meu amigo, tenho a felicidade de nomeá-lo, sim, como o melhor piloto de todos os tempos, em minha opinião.


Senna, o artesão

Ele era inacreditavelmente bom. É compreensível que ele seja famoso por sua velocidade natural incrível, mas a sua ética e metodologia pródiga de trabalho é frequentemente subestimada. Ele treinava assiduamente e por isso estava sempre em forma perfeita, estudava os dados com os seus engenheiros com cuidado milimétrico e sempre analisava profundamente o seu próprio ofício. Sim, ele recebeu um dom de Deus, uma habilidade sublime, mas ele sabia que isso sozinho não bastaria – e então trabalhou neste talento, o poliu, o deixou impecável, e é por isso que eu uso a palavra “ofício” para falar sobre a sua pilotagem, e não “habilidade” ou “arte”.
Sim, ele era habilidoso, sim, sua pilotagem era artística; mas a razão pela qual ele teve este sucesso supremo foi porque ele era um artesão perfeccionista dentro e fora do cockpit, que não deixava nenhum detalhe passar batido em seus esforços para ser o melhor. Ele se sacrificou para conquistar o seu sucesso, não se engane a respeito disso.
O teste de Senna na Penske
Qual foi a sua melhor corrida? Não consigo dizer, mas uma que brilha de forma instantânea em minha cabeça é o GP da Europa de 1993, disputado em Donington Park (Reino Unido). Ele se classificou apenas em quarto com o seu comparativamente impotente McLaren MP4-8 com motor Cosworth, atrás do Benneton B193 de Michael Schumacher (terceiro) e da dupla imbatível de Williams FW15c de Alain Prost e de Damon Hill, que lideravam o grid; mas no dia da corrida, sob chuva torrencial, Ayrton foi intocável.
Eu assisti a corrida pela TV em minha casa, em Miami (EUA), e fiquei completamente pasmo pela primeira volta de Ayrton. Ele teve uma largada ruim, caiu para a quinta posição, mas o que eu vi na tela da televisão nos próximos 45 segundos foi puramente genial. Não há outra expressão.
Ele encontrou aderência onde ninguém mais sequer sabia que havia para buscá-la, e passou Karl Wendlinger (que tinha o superado na largada), Schumacher, Hill e Prost, um após o outro, e, ao fim da primeira volta, era o ponteiro da corrida com algum conforto.
No dia seguinte, eu o telefonei. “Ayrton, aquilo foi simplesmente inacreditável! Você nunca mais vai fazer outra volta como aquela em sua vida”, eu exclamei. Dentro de minha cabeça ainda escuto a sua reação, um riso envergonhado, mas feliz, enquanto escrevo isso.


O adeus

Apenas um ano depois, ele se foi. No 1º de maio de 1994, o dia em que ele faleceu enquanto liderava o GP de San Marino, em Ímola, eu estava testando o meu Indycar Penske-Mercedes, no oval de Michigan. Eu tinha acabado de começar uma sessão de pé embaixo com tanque cheio, que consiste de 28 voltas naquele maravilhoso super-speedway, onde médias superiores a 370 km/h eram a norma naqueles fantásticos monopostos de mais de 1.000 cv. Eu estava focado, empolgado, fazendo aquilo que era a minha razão de ser, no limite, feliz.
E então o meu chefe de equipe repentinamente me chamou no rádio: “Emmo, come in (entre nos boxes)”, ele disse.
Essa foi uma instrução muito incomum, especialmente durante uma sessão de testes como aquela, então eu respondi “por que, há algo errado com o carro?”.
“Não, não, não, apenas entre nos boxes agora, por favor”, foi a resposta.
E então eu aliviei, desci ao pitlane, trouxe o carro até a equipe da Penske e perguntei “qual é o problema, pessoal?”.
“Sua esposa quer falar com você no telefone”, meu chefe de equipe respondeu.
Senti um frio terrível na boca do estômago. Eu imaginei que algo temeroso tivesse acontecido com um de nossos filhos – não poderia pensar em outra razão para o meu chefe de equipe tratar uma ligação de minha esposa com tamanha urgência. E então eu pulei fora do carro e corri até a garagem, onde um dos mecânicos segurava o telefone com o braço estendido, pronto para que eu atendesse.
“O que foi? É algo com um de nossos filhos?”, perguntei à minha esposa.
“Não”, ela respondeu. “É o Ayrton. Ele acaba de falecer em Ímola”.
Eu fiquei sem palavras. Na verdade, eu não tenho palavras até hoje, nenhuma palavra.

Mas eu irei tentar agora, quase vinte anos depois, expressar o que eu senti naquele momento. Eu senti a mais profunda amargura, a mais intensa tristeza. Ok, eu sabia que o automobilismo era perigoso, claro que sabia, mas, fora o pobre Roland Ratzenberger, que morreu em Ímola no dia anterior, a Fórmula 1 não tinha sofrido uma fatalidade desde o acidente de Elio de Angelis, que morreu testando em Paul Ricard, em 1986, e ninguém tinha morrido durante um GP desde o acidente de largada de Riccardo Paletti, na prova de Montreal, em 1982.
Além disso, os chassis dos F1 da década de 1990 já eram super resistentes, feitos de fibra de carbono, e eu acho que isso nos deu uma falsa sensação de segurança. Nós tínhamos a expectativa de pilotos caminharem ilesos de seus carros arrebentados, mesmo após grandes acidentes, e normalmente eles faziam isso, como inclusive fazem hoje. Mas, como eu disse, o automobilismo é perigoso, nós sentíamos isso em nossos corações na época e ainda sentimos, e mesmo um piloto brilhante como Ayrton seria e sempre será impotente para evitar de se ferir em um acidente tão terrível como o que ele sofreu naquela curva Tamburello, em Ímola, em 1994.
Eu olhei para a equipe da Penske, enfileirada com rostos desmotivados e amargurados, na garagem de Michigan e disse: “Eu não consigo continuar, pessoal. Não agora. Não hoje.”
Eles entenderam. Ayrton tinha testado um Penske-Mercedes da Indycar exatamente um ano antes, então os caras que estavam comigo conheciam o Ayrton, pois eles acompanharam o seu teste. Isso me ajudou. Eu me senti sozinho, mas não solitário. Outros à minha volta compartilharam a minha tristeza, ainda que a perda deles não fosse tão profunda como a minha, solidários à minha reação à notícia da morte deste homem que eu amava e admirava.
Eu liguei para Roger Penske. “Eu preciso ir para casa, Roger”, eu disse.
“Eu entendo, Emmo”, ele respondeu, e eu voei de volta para Miami naquela tarde. No voo para casa, me senti paralisado.
A memória do funeral de Ayrton, que aconteceu alguns dias depois em São Paulo, e que foi seguido por três dias de luto oficial em todo o País, ficarão comigo para sempre. Três milhões de brasileiros formaram um corredor nas ruas de São Paulo por onde o cortejo fúnebre passou – muitos deles chorando abertamente. Me foi dito que esta ainda é a maior concentração de pessoas em luto durante um cortejo da era contemporânea.
Me foi concedida a honra de ser um daqueles que carregariam o caixão de Ayrton – junto com Jackie Stewart, Alain Prost, Gerhard Berger, Damon Hill e Rubens Barrichello. Nós o enterramos no cemitério do Morumbi, em São Paulo, e em seu túmulo está esculpida a frase “Nada pode me separar do amor de Deus”.
Fui incapaz de retornar para visitar o seu túmulo desde aquele dia.
Eu amei Ayrton, o admirei, e também tinha orgulho dele: orgulho de que o Brasil pôde ter um campeão assim. Em 1969, eu cheguei à Inglaterra, e lá obtive sucesso relativamente rápido, ganhando os campeonatos de F1 em 1972 (pela Lotus) e em 1974 (pela McLaren).
Eu me aposentei da F1 em 1980, e minha coroa de “campeão brasileiro” foi imediatamente herdada por Nelson Piquet, que conquistou os campeonatos de 1981 e 1983 pela Brabham e de 1987 pela Williams.
E então, antes mesmo de a estrela de Nelson começar a perder o brilho, o palco da F1 recebeu o maior de nós todos. Ayrton venceu todos os seus campeonatos pela McLaren, em 1988, 1990 e 1991, e o seu nome e aura sempre serão sinônimos àquelas soberbas máquinas vermelhas e brancas.
O resultado – o legado – é uma cultura de conhecimento e respeito aos pilotos de F1 brasileiros que eu espero que nunca morra. Nós três vencemos oito campeonatos em apenas vinte temporadas, o que é uma média impressionante, e o meu irmão Wilson e o nosso amigo José Carlos Pace, que morreu em 1977 e em sua homenagem foi batizado o circuito de Interlagos, também devem ser honrados por suas contribuições – como Rubens Barrichello e Felipe Massa, que venceram 11 GPs cada um, e o caso de Felipe ainda pode somar à conta; e eu torço para que some.
Mas, como eu disse, o Ayrton era o maior de nós – e, quase 20 anos após ele ter sido levado da gente, ele ainda é amado com devoção fervorosa no Brasil. E, na corrida deste domingo (24 de novembro de 2013), enquanto eu caminhava para Interlagos, enquanto eu acenava para a torcida calorosa, eu não apenas acenei por mim, mas também por Ayrton, que venceu dois grande prêmios em Interlagos, em 1991 e em 1993, ambas as vezes pela McLaren: dois dos dias mais felizes de sua vida.

Eu sinto a presença de Ayrton todos os dias. Sei que um dia nos encontraremos novamente.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Uma bosta!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

F1 2013 - O último fim de semana de Mark Webber


Mark Webber está em seu último fim de semana na Fórmula 1, um pena. E entre as muitas entrevistas que está dando sobre sua saída, selecionei uma do site dailymail. Mark fala sobre seu carro e pista favoritos, companheiros de equipe e rivais, abaixo:

Dailymail - Qual é o seu circuito favorito ?
Mark Webber - Spa -Francorchamps , na Bélgica.

Dailymail - Qual o circuito mais difícil ?
Mark Webber - Cingapura , por causa das luzes e é irregular . É muito repetitivo, por isso é fácil de se cometer um erro.

Dailymail - Em que pista de você teve o seu melhor carro?
Mark Webber - Das vitórias são agradáveis. Assim, gostaria de ter uma das minhas vitórias, provavelmente o Grande Prêmio de Mônaco de 2010.

Dailymail - Qual foi o melhor carro que você dirigiu?
Mark Webber - Foi o Red Bull de 2010, o RB6, com os pneus Bridgestone. Pneus são sempre importantes para o melhor, também.

Dailymail - O circuito que gostaria de ver o retorno à Fórmula Um calendário?
Mark Webber - Imola.
Mark Weeber entre Fernando Alonso e Sebastian Vettel
Dailymail - Quem foi o melhor piloto que você competiu, e por quê?
Mark Webber - Essa é uma pergunta difícil. O melhor piloto que já competi foram? É uma estreita ligação entre o Fernando Alonso e Sebastian Vettel.

Dailymail - Quem foi o seu companheiro de equipe favorito?

Mark Webber - Isso não existe.



Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Sei lá o que fazer!

F1 2013 - GP Brasil - É hora de dar tchau!

A vitória de José Carlos Pace no Brasil em 1975
O campeão do ano já está definido, Sebastian Vettel sagrou-se campeão duas corridas atrás, mas nem por isso o GP do Brasil de 2013 perde importância.
A dança das cadeiras corre solta, nomes importantes como Nico Hulkenberg e Sergio Pérez ainda estão sem vagas, sem contar com Pastor Maldonado e sua fortuna petrolífera. Nas equipes, Force India e Sauber não tem nenhum piloto garantido e pode ser um destino interessante para os três, mas ao que parece, nada mais será anunciado até terminar a temporada.
No clima de adeus está Mark Webber, o australiano se despede da Fórmula 1 e no próximo ano corre na Porshe, enquanto Felipe Massa, em sua última corrida pela Ferrari, já sonha com novos ares para 2014, o brasileiro defenderá a Williams no ano que vem.
É a semana em que nos lembramos de nossos pilotos brasileiros, com suas vitórias e suas derrotas em casa, desde Emerson Fittipaldi, passando por José Carlos Pace, Nelson Piquet, as vitórias dramáticas de Ayrton Senna, os dramas de Rubens Barrichello e os triunfos e superação de Felipe Massa. Na alegria e na tristeza, o GP do Brasil é sempre especial.
Nossos brasileiros e seus momentos em casa
Rômulo Rodriguez Albarez - Sampa/SP - E a chuva de sempre...

F1 1991 - GP do Brasil - Vitória de Ayrton Senna

dir p/ esq: Riccardo Patrese, Ayrton Senna e Gerhard Berger
Fim de semana de GP do Brasil sempre dá um clima de nostalgia, sempre está chovendo e sempre nos lembramos de Ayrton Senna. Abaixo os melhores momentos da vitória de Senna aqui no Brasil, em 1991, com apenas duas marchas:


Rômulo Rodriguez Albarez - Sampa/SP - Paul McCartney 22/11/2010

F1 - Dos que amam, os mais odiados

Niki Lauda

Segundo o site "Bleacher Report", o 10 pilotos que os fãs de Fórmula 1 mais amam odiar são:

01 - Michael Schumacher

02 - Sebastian Vettel

03 - Fernando Alonso

04 - Lewis Hamilton

05 - Nelson Piquet

06 - Alain Prost

07 - Ayrton Senna

08 - Nigel Mansell

09 - Andrea de Cesaris

10 - Eddie Irvine

Menção honrosa para Niki Lauda

Opinião de quem vos escreve, se é que eu posso opinar, mas eu tiraria o querido Andrea de Cesaris, colocaria Eddie Irvine em 6º lugar, ultrapassando quem estiver a frente e incluiria na lista Ralf Schumacher.


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Demitido!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

F1 2013 - Las quejas de Sergio Pérez

O ano não estão sendo fácil para a McLaren
Pelo jeito o mexicano Sergio Pérez já está fora dos planos da McLaren, e se ainda estivesse está praticamente “pedindo pra sair” depois da entrevista que deu.
Checo resolveu falar como andam as coisas na McLaren e afirmou que a escuderia inglesa precisa encarar e aceitar com humildade seu atual momento na Fórmula 1:

“Muitas coisas precisam mudar na McLaren. É uma grande equipe, com muita gente capaz, mas acredito que é necessário um pouco mais de organização. Também faltou humildade para encarar a realidade, porque a McLaren é uma equipe tão grande que não conseguiu aceitar a situação desta temporada. Temos que admitir as nossas condições, e não continuar pensando que temos um carro competitivo” – desabafou.
O mexicano também revelou sua frustração de correr na McLaren no atual momento que a equipe passa:

“É claro que eu estou decepcionado. É sempre desapontador, para ambas as partes, quando os resultados que você conquista ficam aquém das metas que você traçou. Mas penso que Martin é um grande líder, não tenho nada a dizer contra ele. Martin é um grande líder e comanda a equipe do jeito certo. No entanto, uma equipe não depende apenas de uma cabeça, e há muitas outras que provavelmente não fizeram o suficiente para que a McLaren tivesse um bom ano” - afirmou o mexicano.
Para colocar mais lenha na fogueira, a imprensa inglesa já dá como certa a contratação do dinamarquês Kevin Magnussen, que é integrante do programa de jovens pilotos da McLaren. Se Péres quer ficar na McLaren, com certeza não está escolhendo o melhor caminho, o mexicano já afirmou que está estudando as melhores opções para o seu futuro.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - O sertão é aqui!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

F1 2014 - Felipe Massa na Williams

Como cantavam os beatles, "You say goodbye and I say hello".

Luca de Montezemolo abraça Felipe Massa
Assim pode ser denominada a semana de Felipe Massa, no domingo (10/11) despedida em Mugello para 15 mil tifosis enlouquecidos, na segunda (11/11) o anúncio e as boas-vindas em Grove, sede da Williams.
Depois de oito anos como piloto titular da Ferrari, Felipe Massa recebeu uma justa homenagem de despedida, digna de quem é reconhecido e querido nos lados de Maranello.



O presidente Luca de Montezemolo disse algumas palavras sobre Felipe Massa: "Felipe Massa é um verdadeiro piloto da Ferrari e sempre terá um lugar na história da Ferrari. Creio que os caminhos da Ferrari e de Felipe têm muitas possibilidades de se cruzarem de novo" - afirmou o presidente da Ferrari.


Um dia se passou e o mundo da Fórmula 1 acorda com a notícia já esperada e noticiada pelo Américo Teixeira Jr no site "grandepremio", Felipe Massa é o novo piloto da Williams.
E das palavras de Sir Frank, veio o esperado anpuncio:
- Estamos muito felizes em confirmar nossa dupla de 2014 e dar as boas-vindas a Felipe na família Williams. Ele é um talento excepcional e um verdadeiro lutador dentro da pista.
A notícia foi dada com muita animação pelos lados de Grove, a filha de Sir Frank disse algumas palavras e garantiu que Massa não vem como piloto pagante:
Felipe Massa se apresenta na Williams
“Felipe não é um piloto pagante, ele deixou isso muito claro e nós o escolhemos pelo talento e pelo o que acredito que ele pode nos entregar dentro do cockpit. Agora depende de nós irmos lá e tirarmos vantagem fato de que ele é do Brasil e que eles são a maior audiência que o nosso esporte tem”, e completou: “Na Williams, o mais importante sempre foi o talento e isso tem sido a prioridade sobre os benefícios comerciais ou atrativos comerciais de um piloto”, afirmou a dirigente.
Massa com o novo chefe, Sir Frank Williams
Felipe Massa correrá ao lado do finlandês Valtteri Bottas e terão como terceiro piloto o também brasileiro Felipe Nars. Bottas tratou de elogiar o companheiro com a qual irá fazer sua segunda temporada na Fórmula 1:
“Será bom adicionar mais experiência ao time através de Felipe. Se você olhar para as performances dele na segunda metade do ano, ele tem sido muito rápido em comparação a Alonso e não devemos esquecer que ele quase foi campeão em 2008”, disse.
“Ele é um piloto rápido e experiente e, juntos, fazer o nosso melhor para melhorar o carro e conquistar o maior número de pontos possível na próxima temporada. Vamos trabalhar ao longo do inverno [europeu] para garantir que estaremos prontos para o desafio de 2014”, conclui Bottas.

O que muda na vida de Felipe Massa?
A Williams passa por um processo de se reerguer e de se redescobrir na categoria, precisa deixar para trás a má fase e voltar aos tempos de glória, assim como Felipe Massa, a união das forças pode trazer de volta aos bons tempos a equipe e o piloto paulista. Algo que não é impossível de se imaginar, uma vez que a Williams montou um time de grandes nomes da Fórmula 1 para trabalhar no projeto do ano que vem, e com a mudança de regulamento, tudo pode acontecer.
Em entrevista, Massa se mostrou muito animado com sua nova caminhada na Fórmula 1, destacou as glórias da Williams, um time de muitos brasileiros:
"A Williams é uma das mais bem sucedidas e importantes equipes de todos os tempos da Fórmula 1.Quando era criança, sempre sonhei em correr por Williams, Ferrari ou McLaren. Estou feliz em assinar com outro ícone do esporte, após minha sequência na Ferrari."
"É muito bom lembrar que alguns dos melhores pilotos brasileiros correram pela Williams e cimentaram uma forte ligação nacional com o time."
O contrato é inicialmente de três anos, Felipe Massa chega com status de primeiro piloto e terá que provar que Sir Frank Williams fez a escolher certa. Vamos torcer!
Nelson Piquet em 1987, o piloto brasileiro de maior sucesso na Williams
Rapidinhas:

Pelos lados da McLaren, a saída do mexicano Sergio Pérez já é dada como quase certa, e o grande favorito a vaga de Checo é Kevin Magnussen...

...se a Lotus optar por ficar com Nico Hulkenberg é bem possível ver Pastor Maldonado em alguma nanica ou até mesmo a pé no ano que vem, apesar que com a mala de dinheiro que o venezuelano tem consigo, é bem difícil de ficar sem equipe...

...assim também como Pérez e seu dinheiro da empresa de telefonia mexicana, é esperar pra ver o futuro dos latinos.

Rômulo Rodriguez Albarez - Sampa/SP - 47°C

sábado, 9 de novembro de 2013

Sobre Ayrton Senna


Nelson Piquet (ex-piloto e tricampeão de Fórmula 1)
"Senna é o melhor piloto? P... nenhuma! Melhor é o Prost, que é tetracampeão"
com Nelson Piquet
"Eu e o Prost já ganhamos tudo e estamos mais pra lá do que pra cá na carreira. O Ayrton, não. Vai se matar, se for preciso, para chegar ao título e ser considerado o maior de todos os tempos"
Bernie Ecclestone (dono dos direitos da Fórmula 1) 
"Ayrton teria feito coisas ainda melhores que as que Michael conquistou se não tivesse morrido em Ímola. Acho que Michael é super, mas se eles estivessem com o mesmo carro, eu apostaria meu dinheiro em Ayrton"

"O episódio da morte de Senna foi como se Jesus tivesse sido crucificado ao vivo pela televisão" (não exagera velha gágá!)
com Bernie Ecclestone
"Senna morreu e agora a Fórmula 1 está mais popular do que nunca"
Bruno Senna (piloto e sobrinho de Ayrton Senna) 
"Não esperem que eu seja como Ayrton. Eu me chamo Bruno, tenho a minha carreira no esporte e é assim que eu me sinto"
Damon Hill (ex-piloto e campeão de Fórmula 1) 
"Não tenho dúvidas de que nunca seria campeão do mundo se Ayrton não tivesse morrido em Ímola"
com Fittipaldi
Emerson Fittipaldi (ex-piloto e bicampeão de Fórmula 1) 
"A maior marca do Ayrton foi esse patriotismo. Isso foi o que mais ficou marcado e certamente do que as pessoas mais se lembram"
Enzo Ferrari (fundador da Ferrari) 
"Me recordo de uma volta de Senna em Mônaco que valeu uma placa, a volta mais perfeita que um piloto já fez"
Felipe Massa (piloto da Ferrari) 
"Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente. Quando era criança, nem me lembro mais em que ano, me aproximei dele em Ilhabela para pedir um autógrafo. Não me deu. Fiquei aborrecido por um tempo, mas passou"
Frank Williams (dono da equipe Williams)

"Senna não era uma pessoa comum. Na verdade, ele era um homem muito maior fora do que dentro do carro"
com Frank Williams
"Senna era tão rápido e tão corajoso quanto Schumacher, mas era provavelmente mais inteligente. Ele sempre planejava pelo menos três ou quatro movimentos à frente. Senna tinha uma preparação mental impressionante"
Gerhard Berger (ex-piloto de Fórmula 1) 
"Quando via o capacete amarelo no espelho retrovisor, sabia o que viria pela frente"
"Para mim, foi como se o mundo desabasse", sobre a morte de Senna

"Todo mundo sabe que ele tinha um enorme talento nas pistas, mas acho que isso só era possível por causa da personalidade dele. Por isso Senna era tão especial"

com seu melhor amigo, o austríaco Gerhard Berger
"Ele passava a imagem de um cara extremamente dedicado e sério. Dedicado era, mas, na intimidade, era muito descontraído e a fazia a gente rir bastante. A gente se divertia muito" sobre a sua amizade com Senna.

Jackie Stewart (ex-piloto e tricampeão de Fórmula 1) 
"Senna foi um dos maiores talentos que já vimos nas pistas"
"Sua perda é impossível de se calcular. Quem nunca o conheceu, em qualquer circunstância, perdeu algo muito especial"
Joe Ramirez (ex-coordenador da McLaren)
com Joe Ramirez
"Existe uma diferença fundamental entre Ayrton Senna e Alain Prost. Ayrton tem uma necessidade de vencer corridas, enquanto Alain se diverte correndo e ganhando corridas"
John Watson (ex-piloto australiano)
"Nunca tinha visto alguém pilotar daquele jeito. Em plena curva, Ayrton estava freando, reduzindo a marcha, girando o volante, acelerando e mantendo a pressão do turbo. Parecia um polvo. Ver essa habilidade cerebral de separar os componentes e juntá-los com essa coordenação foi um privilégio"
Juan Manuel Fangio (ex-piloto e pentacampeão de Fórmula 1)
com Juam Manuel Fangio
"A Senna pouco importava se a pista estava molhada. O intuito dele era voar e em segundos violar todas as leis da física"
"Pensei que ele nunca morreria"
Max Mosley (ex-presidente da FIA e que não foi ao funeral de Senna) 
"Eu fui ao funeral (de Roland Ratzenberger, morto um dia antes de Senna) porque todos estavam no de Senna. Achei que era importante que alguém fosse a esse"
Michael Schumacher (ex-piloto e heptacampeão de Fórmula 1) 
"O que aconteceu é tão dramático e triste que eu nem sinto satisfação por ganhar (o GP de San Marino de 1994)"
"Se Senna não tivesse morrido, não teria conquistado os títulos de 1994 e 1995 porque ele era melhor que eu"
Pedro Lamy (ex-piloto de Fórmula 1) 
"Em Ímola, Ayrton Senna morreu no exato momento do acidente"
Peter Warr (ex-diretor da Lotus) 
"Senna era capaz de determinar em que ponto do circuito o carro dele gastava um decilitro de gasolina a mais. Nessa época, a Lotus de Senna tinha motor turbo, e esse controle era quase impossível de ser feito. Mas ele o fazia com precisão de relógio suíço"
com Peter Warr
Ron Dennis (chefe da McLaren) 
"O melhor piloto com quem já trabalhei foi Ayrton, e isso não apenas por sua performance na pista, mas por sua amizade e clareza. Passamos muitos anos juntos, e eu dividi com ele suas angústias e alegrias. Considero que isto foi um privilégio para mim"
com Ron Dennis
Rubens Barrichello (ex-piloto de Fórmula 1) 
"Se não fosse por sua morte, todos os recordes de Schumacher seriam de Senna, que foi simplesmente o melhor piloto de todos os tempos. Descanse em paz e com Deus"
com Rubens Barrichello

Sid Watkins (ex-médico da Fórmula 1) 
"Eu tinha muito apreço por ele e nos dávamos muito, muito bem. Era um vínculo muito peculiar, que eu não tive com nenhum outro piloto. E ele virou parte da minha família. Ele se dava bem com os meus filhos, era sempre agradável e eles quando eram crianças o idolatravam. Ele foi um dos melhores pilotos de todos os tempos, para mim o melhor. Ele era extremamente agressivo, ele era capaz de ultrapassar sem a menor hesitação. Esta era uma das suas grandes habilidades."
E ele era muito, muito, veloz"

Alain Prost (ex-piloto e tetracameão de Fórmula 1)
"Senna era muito mais rápido que você conduzindo o mesmo carro e tão rápido quanto com um carro inferior"
"Infelizmente a sua morte era previsível, pois como se costuma dizer, ele estava indo mais rápido do que os carros que pilotava"
com Alain Prost, o último pódio da carreira desses dois gênios da Fórmula 1, que essa semana completou 20 anos
Ayrton Senna sobre Alain Prost
"Alain você faz falta aqui" Senna para Prost em Imola 1994, no dia de sua morte, o brasileiro se referia ao fato da falta de motivação de correr sem o francês, que havia se aposentado no final de 1993.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Olê, olê, olê olêêêê, Senna, Senna!