segunda-feira, 11 de abril de 2016

F1 1993 - Há 23 anos, o brilho de dois brasileiros...

O dia de hoje marcou a passagem de 23 anos do GP da Europa de 1993, em Donington Park, Inglaterra.
A corrida naquele dia começaria debaixo de chuva, o pole era Alain Prost de Williams seguido por seu companheiro de equipe, Damon Hill, com Michael Schumacher da Benetton em terceiro, Ayrton Senna de McLaren em quarto seguido por Karl Wendlinger.

Lá atrás largando em 12º, iniciando sua terceira corrida apenas estava Rubens Barrichello da Jordan, e a ponto de informação o outro brasileiro na prova era Christian Fittipaldi de Minardi.
A corrida se inicia e é natural que as câmeras se voltem para os ponteiros, enquanto isso, Rubens, por sua vez, era um iniciante largando no meio do pelotão. O piloto da Jordan só foi notado quando já alcançava o quarto lugar. Mas bem rapidamente – os holofotes estavam na McLaren de número 8, que rumava para a ponta da prova.
Rubens Barrichello com sua Jordan
Quando foi visto na volta 1, Barrichello superava Michael Schumacher, da Benetton-Ford. Coincidentemente, o alemão foi um dos pilotos ultrapassados por Senna nos primeiros instantes da disputa de Donington (os outros foram Karl Wendlinger, da Sauber, e Damon Hill e Alain Prost, ambos da Williams-Renault).
Antes de ultrapassar Schumacher, porém, Rubens passou por uma verdadeira epopéia na volta 1 de Donington. Em 12º no grid, ganhou uma posição antes da largada – JJ Lehto, da Sauber, enfrentou problemas e partiu dos boxes. Na pista, o brasileiro começou a brilhar ao superar Johnny Herbert, da Lotus-Ford, e Riccardo Patrese, da Benetton, antes da primeira curva. Em nono, o próximo passo de Barrichello foi se livrar de Gerhard Berger, da Ferrari. No mesmo momento em que Senna ignorava Wendlinger e assumia o terceiro lugar, o piloto da Jordan aparecia em oitavo. Outro ferrarista seria a vítima seguinte de Rubens: Jean Alesi. O francês foi ultrapassado pelo brasileiro sem maiores problemas.
Enquanto Barrichello era sétimo, Senna passava por Hill e se via em segundo. Mas Ayrton não sofreu o susto que Rubens teve na metade da primeira volta. Logo à sua frente, Wendlinger e Michael Andretti, da McLaren, se engalfinharam e foram parar na brita. O piloto da Jordan saiu ileso do incidente. A quinta posição caiu em seu colo. Imediatamente na sequência, Schumacher cometeu um erro e permitiu a aproximação do brasileiro de 20 anos. O bote foi imediato: Barrichello estava em quarto. Senna, por sua vez, ainda era segundo – deixou para ultrapassar Prost na freada do hairpin.
Enquanto Senna de 5º pulava para primeiro,
Rubens Barrichello (no topo da imagem) já era o quarto.
No início da volta 2, Senna liderava, seguido por Prost, Hill e Barrichello. Numa apresentação impressionante na chuva, Rubens pressionava os pilotos da Williams. A partir daí, o resto foi história. Ayrton fez um vôo solo, dando um espetáculo à parte. O piloto da Jordan, após andar em segundo, garantia uma incrível terceira posição à frente de Prost. Mas a cinco voltas do final, a bomba de combustível do carro do brasileiro entrou em colapso, obrigando Barrichello a abandonar – e perder um pódio certo.
Rubens ficou no quase pela primeira vez na mais longa carreira já vista na história da Fórmula 1. Sua quebra beneficiou Herbert, que subiu para o quarto lugar (repetindo o feito da etapa anterior, em Interlagos), e Fabrizio Barbazza, da Minardi, que conquistou seu primeiro ponto na carreira com a sexta posição. Ainda assim, o desempenho de Barrichello foi célebre. Tanto que a sua primeira volta de Donington foi uma das mais marcantes da categoria. As imagens pouco contam, mas quem vivenciou, jamais esquece.
Que esse dia não seja lembrado apenas pelas façanhas de Ayrton Senna, mas também pelo brilhantismo de Rubens Barrichello, as veze é necessário oferecer flores em vida também.
Ayrton Senna, rumo para uma de suas vitórias mais belas, se não for a mais.
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Um pouco do porque gostamos de Fórmula 1


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

F1 - Há 48 anos morria o escocês voador, Jim Clark


Há exatos 48 anos, o mundo do automobilismo perdia seu filho mais notável da época, o escocês Jim Clark morria em uma prova de Fórmula 2 disputada na Alemanha.
Clark era o atual campeão mundial de Fórmula 1 e detentor do recorde de vitórias na categoria até então, 25, sendo a vigésima quinta conquistada na última corrida em que Clark havia disputado na Fórmula 1. O escocês também era o líder do campeonato de 1968.
Naquela época era comum que os pilotos de Fórmula 1 corressem em categorias menores, atrás do prêmio das vitórias, visto que os salários da Fórmula 1 não eram como os de hoje em dia, na casa dos milhões. Tanto que no dia da corrida haviam vários outros pilotos renomados da época, Graham Hill, Henri Pescarolo, Clay Regazzoni, Jean-Pierre Beltoise, Piers Courage, Derek Bell marcavam presença em Hockenheim naquele fim de semana.
O carro destruído de Clark
O acidente de Clark aconteceu na quinta volta, pilotos que viram o acidente disseram que muito provavelmente fora causado por um furo no pneu. O piloto bateu contra uma árvore na Floresta Negra, teve sérios ferimentos no pescoço e na cabeça, o bicampeão morreu antes mesmo de chegar ao hospital.

Jim Clark, que além de piloto era pastor de ovelhas, talvez tenha sido o melhor de todos os tempos sobre quatro rodas. Continue descansando em paz, Jimmy.
Ao lado do inseparável chefe e amigo, Colin Chapman
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...