sexta-feira, 29 de maio de 2015

F1 2015 - Max Verstappen

No meu ponto de vista, o acidente envolvendo Max Verstappen e Romain Grosjean foi culpa do segundo citado.
No momento do acidente, que foi mostrado ao vivo já que a câmera do momento era a de Max, me deu a nítida impressão de que Romain freou de repente e antes do lugar onde normalmente se freia. Na tomada aérea a impressão se concretiza, pois o movimento que o piloto da Lotus faz a frente da Toro Rosso do piloto de 17 anos é nitidamente anormal.
Sendo assim a punição no meu ver foi totalmente injusta, e nem caberia também a Romain, que tem um histórico bem sombrio no quesito segurança.
Felipe Massa foi um dos que mais criticou Max após a corrida, confira o que o brasileiro disse:

“Para mim, foi bastante perigoso”, disse Massa. “Ele se afastou muito tarde e o que aconteceu depois foi muito perigoso. Isso demonstra que a experiência conta na Fórmula 1 e acredito que nós deveríamos ensinar sobre esses acidentes, porque precisam de um melhor controle. É uma sorte que não resultou em nenhum ferimento. Poderia ter sido muito doloroso depois do que ocorreu. Foi muito perigoso para ele, porque tem 17 anos, e se tivesse saído ferido, todos falariam dele perguntando ‘porque deram uma licença a um jovem de 17 anos, para que estão fazendo isso?’”, finalizou o vice-campeão de 2008.

Assim, ok que a experiência conta e tal, e concordo também que Max não a tem o suficiente. O garoto tem 17 anos e com certeza foi o melhor que o GP de Mônaco viu nesse ano.

Prefiro um piloto ousado e um tanto perigoso a um piloto morno, conservador, medroso e reclamão, que é o que Felipe Massa vem sendo ultimamente.
Felipe devia olhar pra temporada mediana que está fazendo, com uma corrida a mais já está atrás de seu companheiro nos pontos. Massa reclama da vida, de tudo e de todos.
As pessoas sentem saudade de Kamui Kobayashi, se lembra com carinho de kamikazes como Andrea De Cesaris, com certeza adoram ver assim como eu adorei ver Max Verstappen em ação no principado no último fim de semana.

Aos “Globenses”, crucificar Max como foi feito na transmissão é um erro, certa vez crucificaram Michael Schumacher e deu no que deu. Max Verstappen é o que de melhor apareceu nesse ano, mesmo tendo 17 anos e mesmo não sendo brasileiro. E diga-se de passagem, que transmissão péssima vem fazendo a RG, o narrador mais reclama que narra, tem bagagem mas só anda falando asneira, quando os rádios passaram a fazer parte da transmissão foi motivo de alvoroço a novidade, hoje em dia pra ele é motivo de reclamação, adoramos os rádios senhor GB, eles são ótimos, vindos dos líder da corrida ou do 17º colocado.
E que Max Verstappen continue assim, um piloto de verdade e não um motorista de “trator”, que é o que Massa parece de vez em quando, e daqueles bem chatos.


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

F1 2015 - GP de Mônaco

Como eu sempre digo, um dos fins de semana que eu mais gosto no ano é o do GP de Mônaco, porque além da nostalgia, das lembranças que o circuito traz, a data sempre coincide com as 500 milhas de Indianápolis da Indy, adoro a tradição dos americanos.
A corrida começou pontualmente as 9 da manhã no horário de Brasília e com um toque aqui e outro ali, Felipe Massa caiu para a última posição, enquanto na ponta Lewis Hamilton construía uma vitória fácil em cima de seu companheiro Nico Rosberg em segundo e Sebastian Vettel da Ferrari em terceiro.
Faltando 13 voltas para o final, Lewis seguia já tranquilo a frente enquanto Max Verstappen vinha alucinado após astutas ultrapassagens, sempre se aproveitando da rabeira do carro de Vettel, que ia abrindo passagem nos retardatários que disputavam posições com Max.
Quando foi fazer sua malandragem na Lotus de Romain Grosjean o garoto de 17 anos não conseguiu e iniciou uma caçada linda ao francês, até que Sainte Dévote o piloto da Lotus (na minha opinião) freou antes do tempo e Max o acertou em cheio na sua traseira.
O mundo diz que a culpa foi de Max inclusive nosso querido narrador que além de embolar a língua na hora da pancada passou o restinho da corrida falando mal de Verstappen. Se fosse um brasileiro no lugar de Max o crucificado seria Romain Grosjean, com certeza.
Max que como punição perde cinco posições no grid da próxima corrida, no Canadá, achei desnecessário, o piloto na minha opinião estava vindo muito bem, fazendo ultrapassagens ousadas, vem aos poucos mostrando porque está na Fórmula 1 desde tão cedo.
Enfim, com o forte acidente entra o safety car e então ocorreu a “tragédia” na corrida de Lewis Hamilton após uma conversa pelo rádio.
Peter Bonnington entrou no rádio e disse: “Safety car, safety car, vamos ficar na pista”.

A batida entre Nasr e Grosjean
Após essa mensagem, Lewis respondeu: “Tem certeza que é melhor ficar na pista? Estes pneus perderam a temperatura. Todo mundo vai estar com os supermacios agora”.
Após isso a equipe se aprontou e chamou o inglês, que voltou imediatamente atrás de Nico Rosberg e Sebastian Vettel, e como Mônaco é Mônaco, por lá ficou mesmo.
O pódio foi um verdadeiro momento de tortura para Hamilton, que chegou bem depois dos outros dois, atropelou a placa de terceiro lugar e saiu lentamente do carro, no pódio Lewis era a cara da decepção e quase não ficou para a entrevista final.

Felipe Nars
Não acho que isso vá afetá-lo negativamente, muito pelo contrário, o foco que Lewis parecia ter perdido nas últimas corridas com certeza será substituído por concentração para que nada mais dê errado, como nas últimas duas corridas.
Enquanto Lewis era a decepção em pessoa, Nico Rosberg e Sebastian Vettel eram a surpresa e a felicidade, Nico ganha força no campeonato que até duas provas atrás parecia que estava se perdendo e Vettel se mantém por perto na classificação a espera de uma sorte um tanto improvável de desastre na Mercedes, mas a esperança é a última que morre, quem sabe.


A Williams teve um fim de semana pra esquecer no principado, tanto Massa quanto Bottas não estiveram em nenhum momento na zona de pontos, talvez o brasileiro tivesse uma chance se não fosse a espremida que levou da Force India de Nico Hulkenberg e o forçou a ir para a última posição do grid.
Enquanto Massa viveu um calvário em Mônaco, Felipe Nasr conquistou o nono lugar e mais dois pontinhos para a conta, o brasileiro foi muito elogiado pela equipe e fez uma ótima, firme e consistente corrida.


O resultado da corrida em Mônaco:



Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

quarta-feira, 20 de maio de 2015

F1 2015 - E com a palavra, Damon Hill

Graham Hill com seu filho, Damon Hill
Hoje com a palavra o inglês Damon Hill, campeão mundial de Fórmula 1 no ano de 1996, filho de Graham Hill, bicampeão mundial de Fórmula 1 nos anos de 1962 e 1968.
Damon correu na categoria até o ano de 1999, quando se despediu no GP do Japão correndo pela extinta Jordan.

E ele está em Mônaco para acompanhar mais uma corrida do campeonato deste ano e se mostrou um tanto preocupado com o compatriota Lewis Hamilton, mais precisamente com o estilo de vida que o atual campeão vem levando esse ano, e compara com seu companheiro de equipe, Nico Rosberg. Confira:

“Eu tenho a impressão de que Lewis deu uma desconcentrada na Espanha. Nico se preparou da melhor forma e sabia que precisava de muito para voltar a vencer. Enquanto isto, a gente olha para a agenda de Lewis e vê que ele foi filmar na Itália, foi ver a luta do Mayweather e só então foi para a corrida. O desgaste com essas viagens é óbvio”, disse o campeão de 1996.

“Mesmo se tratando de alguém com tanto talento como Lewis, ele não pode simplesmente ignorar o Nico. Você nunca deve subestimar seus concorrentes, a impressão que fica é que Lewis quer curtir a vida. Ele tem todo direito, é ótimo aproveitar todo esse sucesso e essa fama, mas, antes de tudo, ele precisa pensar em vencer as corridas”, continuou.

“Ele precisa se tocar do que está em jogo. Ele está no caminho de se tornar um dos melhores da história, mas precisa se dedicar para que isto aconteça”, afirmou o inglês.

Lewis é o atual líder do mundial.

“Lewis disse algo como ‘não vejo ninguém me ameaçando dentro da equipe’ e um comentário desses pode ter um efeito negativo lá na frente. O grande final de semana do Nico na Espanha pode ter sido impulsionado por isso”, disse.

“Agora é a hora do GP de Mônaco e a memória que eu tenho é do Nico dominando totalmente o final de semana e fazendo uma grande exibição. Lewis precisa de concentração máxima e de esforço para virar o jogo”, completou Damon Hill.

Agora vamos ver como Nico Rosberg se comporta em Mônaco, há duas semanas, os pilotos da Mercedes quando perguntados sobre o fim de semana que se aproximara em Mônaco declararam cada um a seu estilo, Nico estava feliz por poder trabalhar e dormir em casa, já que mora em Mônaco, e Lewis por sua vez estava animado pois poderia aproveitar as garotas.

Diante de todos esses fatos, as afirmações de Damon Hill fazem todo sentido diante desses fatos.
E Nico ainda tem uma motivação a mais, desde Ayrton Senna, nenhum outro piloto conseguiu vencer três vezes consecutivas em Mônaco, e ele é o único que pode em 2015. Como mostra o gráfico do site “Grande Prêmio” logo abaixo:



Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

F1 - E com a palavra, Sir Jackie Stewart

Sir Jackie Stewart, tricampeão mundial de Fórmula 1 entre os anos 60 e 70, talvez o homem que mais lutou por segurança na Fórmula 1 em todos os tempos. Correu em apenas 99 corridas, quando estava por completar a centésima, chocado, desistiu de correr ao ver seu amigo e companheiro de equipe Françóis Cevert morrer nos treinos de classificação um dia antes da corrida histórica.
O escocês também já teve uma equipe na Fórmula 1, a StewartGP, no qual conquistou uma vitória com Johnny Herbert e que também teve Rubens Barrichello como piloto no final dos anos 90.
No final de semana do GP da Espanha, Sir Jackie deu uma entrevista para o Globoesporte.com, nela ele falou sobre a Fórmula 1 atual, sobre os pilotos de hoje, sobre os pilotos brasileiros do passado e do presente e muito mais, confira:

GloboEsporte.com: A F1 atual, dos motores híbridos, sem barulho, lhe agrada?

Jackie Stewart: Não. Pilotei pela última vez um carro de F-1, desses modernos, há dois anos, o modelo da Williams, em Goodwood. Eu não gostei. Claro, se eu o pilotasse de forma regular, acabaria por me adaptar a todos os seus recursos. Mas como não é o meu caso, tinha de entender todas aquelas funções instaladas no volante e depois enquanto pilotava estar atento ao pessoal da equipe me orientando sobre tudo pelo rádio. Vi que era muito fácil me distrair.
Jackie Stewart testando um carro da Williams
Entender as funções e interagir com elas considerei algo bastante difícil de fazer. Não fui ao limite. Nos carros do meu tempo, era como se você usasse os seus sapatos velhos, confortáveis. Você sabe onde está tudo, do que dispõe e não muda. Repito, pilotar esses carros de hoje é um imenso desafio. Não achei interessante. Gosto de pilotar carros rápidos, mas não com tanta coisa diferente para fazer enquanto piloto. Minha mente é mais simples. Faço o que preciso fazer. Hoje o piloto tem de entender o que se passa, analisar e tomar uma decisão. Eu não cresci nesse automobilismo. Não gosto dessa F-1, é muito complexa, prefiro quando era mais simples.

GE: Mudou o processo de seleção, um piloto inteligente, capaz de interagir com todos esse recursos, pode então se dar melhor que um apenas talentoso para acelerar?
JS: Não creio. O animal é o mesmo. A tecnologia muda, mas as pessoas são as mesmas. No meu tempo, você se adaptava à introdução dos pneus lisos (1971), à chegada da aerodinâmica (fim dos anos 60), com aqueles aerofólios altos, perigosos. Havia um choque inicial, mas nada dramático. Quando Fangio voltou a pilotar um carro da Mercedes e da Maserati mais moderno daqueles que o levaram a ser campeão, pilotou como antes. Os carros não haviam mudado tanto. Mesmo dos anos 50 para os 70. Hoje são muito diferentes, bizarros. Para encarar esse desafio com naturalidade o piloto tem de ser criado em outra cultura. Atualmente, já no kart existe telemetria.

GE: Se pudesse, o que mudaria na F1 atual?

JS: Mudaria o pacote de entretenimento. Os dirigentes da F-1 precisam melhorar seu show e ampliar o leque de opções para se divertir no autódromo. Em Bahrein, por exemplo, se você vai atrás das arquibancadas há de tudo, música, dança, circo, áreas de descanso para a família deitar, descansar. Pode comer de tudo, cardápio árabe, americano, indiano. A F-1 tem de pensar em atrair mulheres e crianças para o espetáculo. Veja o futebol. Hoje há quase tantas mulheres quantos homens. No passado, era um esporte de homens. O homem trabalha muitas horas por semana, chega em casa e diz a esposa que vai à partida de futebol. Ela passou a dizer que quer ir junto e levar os filhos, afinal pouco se veem. É o que está acontecendo. A F-1 ainda não pensou nisso. Espero que a nova geração de patrocinadores enxergue essa necessidade.

GE: A competição, em si, manteria como está?

JS: Não. Eu puniria os pilotos que saíssem da pista. Em Bahrein, na China, em todos os novos circuitos as áreas de escape são grandes e têm a mesma aderência da pista, é na realidade sua extensão. O piloto sai da pista e o tempo de volta é quase o mesmo. A tração fora é a mesma da pista. Não acho que tenhamos de voltar ao tempo de reduzir as áreas e provocar acidentes, mas a pista de corrida é aquela, o piloto não pode sair e nada acontecer. Se abusar dos limites da pista tem de haver punição.

GE: Sua convivência com o universo da F1 remonta a 1965, ano da estreia. Este ano lá se vão 50 anos acompanhando de perto o campeonato. Algum piloto dos que correm hoje o impressiona?

JS: Sim. Considero Alonso o de melhor cabeça. Hamilton o mais rápido. Mas comete erros. Nesta temporada estamos ainda na quinta etapa, mas espere, há tempo para errar. Será difícil para Rosberg vencer Lewis. Gosto dessa nova geração, Carlos Sainz Júnior, Max Verstappen, Daniel Ricciardo, me parecem fantásticos. Problema hoje é Mercedes ser tão superior na engenharia. Torna muito difícil ver, entender a capacidade dos pilotos. Honda vai chegar, japoneses são capazes, mas não vão ganhar corrida este ano.

GE: Apesar das dificuldades no GP da Espanha, a Ferrari deu um grande salto de 2014 para este ano. Ninguém esperava tanto, nem eles, como afirmam. Como vê?

JS: Não vivo intensamente o ambiente interno das equipes. Mas sei que James Allison, novo diretor técnico, é muito bom engenheiro, conversei com ele em algumas ocasiões. Seu pai costumava trabalhar comigo, oficial da Força Aérea, trabalhou na Jaguar. A Ferrari vai ganhar mais GP este ano.

GE: Nesses seus 50 anos de F-1 o senhor teve Emerson Fittipaldi como adversário, de 1970 a 1973, e viu depois pilotos brasileiros fenomenais, campeões do mundo, como Nelson Piquet e Ayrton Senna. Mas há muito o país não tem um representante nesse nível, como explicar?

JS: Rubens foi um grande piloto na F-1, seu recorde de longevidade não é ao acaso. Na Ferrari não lhe era permitido vencer, o time deu superpoder para Michael Schumacher. Rubens foi um piloto perfeitamente capaz de conquistar o título. Em qualquer esporte há períodos de dominação dessa ou daquela nação. Os finlandeses por muitos anos eram sempre os campeões no salto com esqui. Nas provas de descida de montanha com esqui, franceses e austríacos invariavelmente venciam. Então de repente chegaram os americanos, os alemães. A Grã-Bretanha também teve períodos sem campeões. Stirling Moss ganhou muitas corridas (anos 50), mas não o título. De James Hunt (1976) a Nigel Mansell (1992), os britânicos não foram campeões. E antes havíamos tido Graham Hill, Jim Clark e Jackie Stewart, também ficamos sem vencer o Mundial. Vejo como um fenômeno cíclico.
Com Fittipaldi e Peterson
GE: Em 1975, houve uma tragédia aqui em Barcelona, com a morte de cinco espectadores. A segurança da pista foi questionada por todos desde o primeiro momento. E quase não houve a corrida. Estava aqui?

JS: Sim, mas não no domingo, voltei para casa no sábado. Foi um choque percorrer a pista e ver os guardrails soltos. Parecia que estávamos num país no terceiro mundo, onde não dão muitas vezes atenção aos detalhes, não há controle, supervisão. Se parece que está bom já está ok. Lembro do que aconteceu aqui mesmo, em 1969, quando começamos a correr com aqueles aerofólios colocados a dois metros de altura, um perigo. O aerofólio se soltou nas duas Lotus, de Jochen Rindt e Graham Hill, e tivemos acidentes terríveis. Os guardrails também não suportaram o impacto, não estavam bem fixados. Alguém, da organização, tinha de verificar antes de a F-1 chegar se estava tudo está ok. A FIA só foi adotar esse procedimento depois de 1975, enviando um agente próprio.


GE: Bernie Ecclestone está perto de completar 85 anos de idade. Demonstrar sentir-se forte, lúcido ao extremo e mantém o controle da F1. Aliás desde o seu tempo de piloto, em 1972. Como será quando ele deixar a F1?

JS: Bernie fez mais para um esporte, no caso a F-1, mais do que qualquer outro cidadão a qualquer outro esporte. No futebol quem você diria que mudou o esporte? Ninguém. Na NFL (a liga de futebol norte-americano), o histórico Peter Rozelle deixou a entidade e ela até cresceu. Ninguém é indispensável. O próximo líder da F-1 talvez a torne ainda melhor. Bernie é fantástico. Olhe esse paddock, tudo certinho, perfeito. Financeiramente o que ele fez pela F-1 nem se fala. Sentirão falta de Bernie, mas será substituído.

GE: A Alemanha não tinha dinheiro para pagar os valores elevados cobrados por Ecclestone para promover o GP e a corrida não será disputada este ano. Acha correto esse radicalismo?

JS: Não pagaram porque quase ninguém iria para a corrida, falta de público. Ao contrário do DTM (Campeonato Alemão de Turismo), onde o autódromo está sempre lotado. Os ingressos da F-1 são muito caros, as pessoas não podem pagar hoje. Não há apelo para ir assistir à corrida. É o caso de resgatar aquilo que falei no começo da nossa conversa, é preciso melhorar o show e criar entretenimento para toda a família nas horas no autódromo.
Comemorando com Johnny Herbert e Rubens Barrichello a única vitória de sua equipe na F1, a StewartGP
GE: O Brasil tem atualmente na F1 Felipe Massa, na Williams, e Felipe Nasr, na Sauber. Como os vê?

JS: Nasr está demonstrando ser um piloto excepcional, ele me causa excelente impressão. Massa já foi vice-campeão, quase campeão, e ainda é muito eficiente, bastante útil para a Williams. Quando Emerson veio para a Europa, e com eles outros pilotos muito bons, como Pace (José Carlos Pace), eu achava que a razão era o feijão que vocês tanto gostam. Depois chegaram Piquet, Senna, Rubens, Massa, tantos, todos do mesmo país. Sei que havia naquela época muito mais apoio das empresas brasileiras para que os pilotos viessem a Europa do que na Grã-Bretanha e na França, por exemplo. Via brasileiros sempre lutando no nível máximo. Rubens veio para Europa, na F-Opel, F3, Senna também, todos tinham empresas brasileiras investindo. O espírito dos brasileiros casa muito bem com o do automobilismo. É algo que chama a atenção.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

F1 2015 - Marlboro

Vai entender. Se tratando de patrocínios vencedores na Fórmula 1, talvez a indústria do tabaco seja o maior deles, qualquer dia faço um estudo sobre isso.
A propaganda de cigarros ficou proibida na categoria desde o final de 2008, e mesmo assim, ontem a Philip Morris, dona da marca Marlboro anunciou a renovação do vínculo com a Ferrari até o final de 2018. E olha que o contrato não é dos baratos.
Ferrari 2006
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - RIP B.B. King

quarta-feira, 13 de maio de 2015

F1 1950 - Há 65 anos, nascia a Fórmula 1

Fiquei pensando no que escrever ou em que foto colocar para falar ou ilustrar a data de hoje, mas não achei palavras e nem imagens.
Acho que o momento em que a Fórmula 1 passa fala mais alto do que qualquer data, e as coisas precisam mudar para que os motivos de se comemorar voltem. É estranho dizer, mas é preciso retroceder.
Decidi colocar um vídeo sobre o dia 13 de maio de 1950 e uma foto daquele dia.



Giuseppe Farina vence o primeiro GP de Fórmula 1, que foi disputado em Silverstone, na Inglaterra, em 1950
A é verdade, apenas para informação, a data é o aniversário de 65 anos da Fórmula 1.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

F1 1982 - Os 33 anos da morte de Gilles Villeneuve e a Fórmula 1 atual

Gilles Villeneuve
Eu ia escrever um texto de como a Fórmula 1 está chata hoje em dia e como anda carente de grandes pilotos, corajosos sem medo de morrer e tal, mas desisti, são tantas as regras impostas pela categoria que os pilotos muitas vezes tem que agir como robôs, tanto dentro como fora das pistas.
Talvez tenhamos dois ou três desses pilotos andando na Fórmula 1 hoje, com o instinto dos grandes do passado, que arrastavam milhões de pessoas a parar para ver o espetáculo chamado Fórmula 1. Mas a quantidade de barreiras, leis, regras e etc que aos pilotos hoje são impostas, impedem de eles serem o que realmente são em sua totalidade.

A Fórmula 1 atual e seus complicados motores, a exemplo da McLaren que ainda não se acertou na temporada com os novos motores Honda
Os carros andam tão tecnológicos que aquilo que Niki Lauda disse há uns anos atrás, sobre chimpanzés guiarem os bólidos talvez esteja para acontecer em breve.
Claro que é exagero da minha parte, e o intuito, ou a essência da Fórmula 1 é desenvolver maneiras para melhorar os carros de rua, sempre foi isso e sempre será. Apesar que hoje em dia as montadoras utilizam de toda tecnologia possível também e já não vejo mais a necessidade da categoria ter esse intuito.
Mas em nome do esporte, em nome do show, os carros poderiam ser mais parecidos na maneira de guiar a carros de 30 anos atrás, por que não?

Deviam ter motores mais simples, menos dispositivos de ajuda à dirigibilidade, deviam ser em sua totalidade mais simples, a Fórmula 1 deveria se tornar apenas pura e simplesmente corrida de carros.
Nunca mais se viu e talvez nunca mais se verá uma ultrapassagem como a que Nelson Piquet fez pra cima de Ayrton Senna na Hungria em 1986, ou mesmo dois caras disputando a primeira posição por duas ou três voltas roda a roda, como quem era nascido viu Gilles Villeneuve e René Arnoux. Abaixo os links dos vídeos dos momentos citados:

A Fórmula 1 precisa voltar as raízes para se renovar, soa até estranho, retroceder para avançar, dar cinco passos para trás afim de dar cinquenta para frente.
a direita: Bernie Ecclestone no início dos anos 80 com Nelson Piquet e em 2015 com Lewis Hamilton
Não entendo o Bernie Ecclestone, tem o poder nas mãos para melhorar tudo, viveu o passado glorioso da Fórmula 1 e não faz o que precisa para voltar ao sucesso.
E no final acabei mesmo escrevendo sobre a Fórmula 1 de hoje em dia.

Enfim, o cara que hoje me fez pensar sobre isso é um tal de Gilles Villeneuve, dia 08 de maio agora fez 33 anos de sua morte. Um dos meus pilotos favoritos, enfim, como vocês sabem ele morreu tentando melhorar no treino de classificação a fim de fazer frente ao seu companheiro de Ferrari, Didier Pironi.
Gilles é o tipo do piloto que não se vê duas vezes no mundo, é o tipo de piloto que eu humildemente acha que nunca seria campeão, devido ao estilo agressivo de pilotar, ao sangue quente, a falta de medo de morrer, etc.


Gilles era um cavalo indomável, como um dia definiu Enzo Ferrari.



Se a categoria não olhar para trás, irá morrer, assim como o incomparável Gilles Villeneuve.

Claro que numa curva em quinta marcha e com a cerca ali, eu não quero bater. Não sou louco. Mas se é o fim da qualificação e você está tentando a pole, acho que dá para esquecer o medo…
Gilles Villeneuve
E foi assim mesmo que ele morreu, sem medo...

E continue descansando em paz, Gilles.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

segunda-feira, 11 de maio de 2015

F1 2015 - GP da Espanha

Não escrevi sobre o GP do Bahrein, muito trabalho, me esqueci, tive preguiça, enfim, lembro que o Lewis Hamilton venceu, que o Kimi Raikkonen foi ao pódio e que o Felipe Massa largou dos boxes e chegou em sexto.
Também lembro que ia escrever umas críticas à péssima narração do GB daquela corrida, foi algo pífio mas infelizmente o tempo passou e deixa pra lá, certamente outras oportunidades virão.
Nesse fim de semana a Fórmula 1 se reuniu na Espanha para o seu grande prêmio.
Nico Rosberg enfim venceu no ano e com certeza renasceu no campeonato, a vitória com certeza ajudará o alemão no psicológico e dará um pouco mais de equilíbrio, mas ainda assim Lewis Hamilton é o franco favorito aqui para esse que vos escreve.
Rosberg largou dos boxes e na corrida teve um dia de Hamilton vencendo a corrida, enquanto Hamilton teve um dia de Rosberg chegando em segundo, e Vettel foi Vettel chegando em terceiro tirando o máximo que a Ferrari podia oferecer.
Kimi Raikkonen tratou de ser Kimi Raikkonen e fez uma pergunta bem educada para o seu engenheiro sobre a Marussia, dizendo "Que porra que esta Marussia está fazendo? Ele está no meio do caminho há três curvas".
Valtteri Bottas com uma corrida a menos no ano, só precisou de três para passar Felipe Massa nos pontos, esse garoto é bom mesmo e a Ferrari já está de olho nele, isso é se já não tiverem assinado algum pré-contrato por aí, vai saber.
No mais, o Grosjean atropelou um mecânico que ficou com uma dorzinha na boca do estômago e foi bem zoado pela equipe ao aparecer com um saco de gelo na região afetada.
A McLaren começa a mostrar desgaste interno, tanto Alonso quanto Button já começaram a reclamar, a coisa está aos poucos fedendo por lá.
Próxima corrida, Mônaco, chega logo dia 24 de maio, lá é sempre especial, nostálgico e mesmo que as áreas de ultrapassagem sejam quase nulas, é uma das melhores corridas de se ver.
Acho que foi isso, e resumindo, tirando a busca de Hamilton através da estratégia para passar Sebastian Vettel que é algo legal de se ver, a corrida foi um saco, teria sido melhor ver o filme do Pelé.

Classificação final:
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...