Em 2008, segundo ano da carreira de Lewis Hamilton, eu
estava em Interlagos torcendo calorosamente por Felipe Massa mas vi Lewis ser
campeão, ultrapassando um Timo Glock com pneus de pista seca no meio do temporal paulistano na última curva e conquistando assim, o
ponto campeão.
Jamais me esquecerei daquele dia, obrigado Tio Sidney, como
você diz: "Você não é catarro, mas mora no meu peito".
Voltando a Lewis Hamilton, o inglês tem uma coluna no site
britânico "BBC", e essa semana fez algumas indagações, citando Senna,
Schumacher, Vettel, Alonso, a possibilidade de nunca mais ser campeão do mundo,
ser o primeiro negro da categoria etc, confira abaixo:
Títulos:
"Tenho confiança de que serei competitivo no próximo
ano, mas nunca se sabe. Talvez as circunstâncias signifiquem que nunca mais
conquistarei o campeonato mundial novamente. Isso pode acontecer em nosso
esporte. Quem sabe? Há um tempo, isso seria um pensamento assustador, mas agora
não é tanto."
Em 2008, campeão do mundo em Interlagos |
Comparações:
"Por ter tanto sucesso tão jovem, Vettel está a caminho
de ser visto como o melhor piloto de todos os tempos, no sentido de que ele
pode conseguir bater os impressionantes recordes de sete títulos e 91 vitórias
de Schumacher. Mas a grandeza de um piloto é uma coisa mais sutil do que apenas
as estatísticas cruas. Na minha opinião -
e de muitos outros – Schumacher não é duas vezes melhor que Ayrton Senna
só porque Ayrton ganhou “apenas” três títulos e 41 corridas. Da mesma forma
que, apesar de Sebastian ter esse sucesso fantástico, ele não é duas vezes
melhor que Alonso, por exemplo."
Grandeza:
"Grandeza é um conceito abstrato. Você precisa estar no
lugar certo na hora certa. Tem que utilizar as ferramentas que tem. É sobre
como trabalha com o time, como lida com a mídia, como trata as pessoas, como é
como ser humano. Há muitos elementos que definem “grandeza”. Ainda estou
tentando descobrir todos eles. Este é o meu objetivo."
Em Ayrton Senna, seu ídolo maior, Lewis Hamilton tem sua fonte de inspirações |
Pioneirismo:
"A principal coisa é que sou maciçamente grato por
estar aqui. Ter aberto as portas para outras culturas e etnias buscarem entrar
na F-1 significa muito para mim. Hoje, há muitos negros nos GPs, assim como
indianos e asiáticos. Tenho imenso orgulho de ter o privilégio de ser um
pioneiro em meu esporte, alguém que quebrou o molde, assim como as irmãs
Williams no tênis e Tiger Woods no golfe. Espero que outros venham no futuro. A
vida não é apena correr. Quero correr enquanto puder e ganhar o máximo
possível, mas também quero contribuir para coisas positivas para o mundo."
finalizou.
Entre algumas coisas que me lembro e que marcaram aquele dia
foi a frase indagada por Hamilton após
ter conquistado o título, "Veni, vidi, vici" (Vim, vi, venci) do
imperador romano Júlio Cesar. E com certeza, se Hamilton não conquistar mais um
título na Fórmula 1 ele terá feito exatamente o que a frase significa, pois,
tirando o primeiro ano da carreira, onde com certeza a falta de experiência
tirou seu título, mas sempre que teve a chance nas mãos, no caso de 2008, único
ano da carreira onde tinha chance de brigar pelo título, Lewis Hamilton
"veio, viu e venceu.
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - "Veni, vidi, vici".
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