quinta-feira, 3 de outubro de 2013

F1 - Papo com Cristiano Da Matta


Em meados dos anos 2000, se tinha um piloto que eu gostava era o Cristiano Da Matta, eu o conhecia pelo título de 2002 da CART, que hoje é a Fórmula Indy.
Chegou em 2003 na Fórmula 1 pela equipe Toyota e logo de início fui co a cara do mineirinho, não só por ser brasileiro, mas pelo estilo e postura que mostrava nas entrevistas.
Após ser demitido da Toyota em 2004, voltou para a CART em 2005, onde conquistou mais uma vitória, em 2006 sofreu o acidente que quase lhe tirou a vida, tentou voltar a correr quase três anos depois de seu acidente, mas teve dificuldades e encerrou sua vida de piloto, conforme Da Matta, o acidente encurtou sua carreira, uma carreira feliz, vitoriosa, porém curta, como define o próprio, confiram a entrevista abaixo:
"Na minha carreira, vejo que foi um uma mega, ultrafatalidade. Tem muito veado nos Estados Unidos, mas a pista era cercada da melhor segurança possível, mas aconteceu. Para minha carreira foi o fim, é uma coisa que não é fácil nem de falar. Mas para vida tive que aprender a reconstruir, reerguer e olhar pra frente", falou, em entrevista, ao UOL Esporte.
Em 2002
O acidente aconteceu quando, em um teste Cristiano atropelou um veado, perdeu o controle e se chocou contra o muro de proteção no circuito de Elkhart Lake, sua pista favorita. Da Matta ficou em coma, fez uma cirurgia para retirar um pedaço do crânio. Na frase do amigo Tony Kanaan, dá pra ter uma idéia da gravidade: "Quando o vi na cama do hospital, pensei: 'Já era, acabou.' Foi um milagre. Hoje, ele é mais normal do que antes". Cristian voltou ao Brasil para terminar seu tratamento.
 "Tive que fazer o processo de recuperação no Brasil para falar português e ficar mais fácil. E quando voltei pra cá, no final de 2006, eu ia à fonoaudiologia porque tinha bagunçado a minha cabeça. E também ia à nutricionista porque perdi 10 kg. Era fisioterapia e fono quase todo dia durante uns quatro meses ou mais. Foi ralação", lembrou.
O piloto lembra seus últimos momentos antes de bater, "As últimas cenas, flashes, lembro que peguei a esquerda e a asa dianteira direita do carro pegou nele. Pensei naqueles milésimos 'bicho filha da p...", falou, em tom bem-humorado.
Falou também sobre seu título na CART:
"Era meio que um título mundial, tinha gente do mundo todo. Uma categoria forte, com várias montadoras. Lógico que não é um título da Fórmula 1, mas era o que mais se aproximava disso. É meu maior orgulho. Foi bom demais. É uma carreira que, hoje olho pra trás, foi muito curta", falou Da Matta.
Na Fórmula 1 começou bem para as limitações do carro, terminando o ano a frente de seu companheiro, o experiente francês Olivier Panis, ambos foram demitidos em 2004 por reclamarem do carro:
 "O primeiro ano foi tudo legal e no segundo ano tive a experiência do exemplo que o pessoal fala. Da concorrência de pilotos do mundo inteiro pra entrar lá. Em 2004, nosso carro era bem pior que o de 2003 em relação aos outros. Aí chegou uma hora que comecei a falar pro pessoal da Toyota que o engenheiro que entrou fez um carro mais lento que o do ano anterior. Aí mexeram os pauzinhos e mandaram o 'pilotinho' dos Estados Unidos e o velhinho (Panis) embora. Experimentei esse lado do cara mexer, manipular e não se respeitado", contou.
Finalizando, falou sobre as lições tiradas da fase mais difícil de sua vida:

"(O acidente) me deu uma preparação melhor pra vida. Para saber melhor o que é preciso pra qualquer tipo de situação. De tudo se extrai um lado positivo, e acho que consegui fazer isso. Eu queria ter continuado na Indy mais um ano ou dois. Mas no geral acho que foi muito bom. Hoje estou numa boa e acho que tem um pouco a ver a energia positiva toda que me deram", continuou.

Rômulo Rodriguez Albarez - SP/São Paulo - Sono!

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