quarta-feira, 13 de maio de 2015

F1 1982 - Os 33 anos da morte de Gilles Villeneuve e a Fórmula 1 atual

Gilles Villeneuve
Eu ia escrever um texto de como a Fórmula 1 está chata hoje em dia e como anda carente de grandes pilotos, corajosos sem medo de morrer e tal, mas desisti, são tantas as regras impostas pela categoria que os pilotos muitas vezes tem que agir como robôs, tanto dentro como fora das pistas.
Talvez tenhamos dois ou três desses pilotos andando na Fórmula 1 hoje, com o instinto dos grandes do passado, que arrastavam milhões de pessoas a parar para ver o espetáculo chamado Fórmula 1. Mas a quantidade de barreiras, leis, regras e etc que aos pilotos hoje são impostas, impedem de eles serem o que realmente são em sua totalidade.

A Fórmula 1 atual e seus complicados motores, a exemplo da McLaren que ainda não se acertou na temporada com os novos motores Honda
Os carros andam tão tecnológicos que aquilo que Niki Lauda disse há uns anos atrás, sobre chimpanzés guiarem os bólidos talvez esteja para acontecer em breve.
Claro que é exagero da minha parte, e o intuito, ou a essência da Fórmula 1 é desenvolver maneiras para melhorar os carros de rua, sempre foi isso e sempre será. Apesar que hoje em dia as montadoras utilizam de toda tecnologia possível também e já não vejo mais a necessidade da categoria ter esse intuito.
Mas em nome do esporte, em nome do show, os carros poderiam ser mais parecidos na maneira de guiar a carros de 30 anos atrás, por que não?

Deviam ter motores mais simples, menos dispositivos de ajuda à dirigibilidade, deviam ser em sua totalidade mais simples, a Fórmula 1 deveria se tornar apenas pura e simplesmente corrida de carros.
Nunca mais se viu e talvez nunca mais se verá uma ultrapassagem como a que Nelson Piquet fez pra cima de Ayrton Senna na Hungria em 1986, ou mesmo dois caras disputando a primeira posição por duas ou três voltas roda a roda, como quem era nascido viu Gilles Villeneuve e René Arnoux. Abaixo os links dos vídeos dos momentos citados:

A Fórmula 1 precisa voltar as raízes para se renovar, soa até estranho, retroceder para avançar, dar cinco passos para trás afim de dar cinquenta para frente.
a direita: Bernie Ecclestone no início dos anos 80 com Nelson Piquet e em 2015 com Lewis Hamilton
Não entendo o Bernie Ecclestone, tem o poder nas mãos para melhorar tudo, viveu o passado glorioso da Fórmula 1 e não faz o que precisa para voltar ao sucesso.
E no final acabei mesmo escrevendo sobre a Fórmula 1 de hoje em dia.

Enfim, o cara que hoje me fez pensar sobre isso é um tal de Gilles Villeneuve, dia 08 de maio agora fez 33 anos de sua morte. Um dos meus pilotos favoritos, enfim, como vocês sabem ele morreu tentando melhorar no treino de classificação a fim de fazer frente ao seu companheiro de Ferrari, Didier Pironi.
Gilles é o tipo do piloto que não se vê duas vezes no mundo, é o tipo de piloto que eu humildemente acha que nunca seria campeão, devido ao estilo agressivo de pilotar, ao sangue quente, a falta de medo de morrer, etc.


Gilles era um cavalo indomável, como um dia definiu Enzo Ferrari.



Se a categoria não olhar para trás, irá morrer, assim como o incomparável Gilles Villeneuve.

Claro que numa curva em quinta marcha e com a cerca ali, eu não quero bater. Não sou louco. Mas se é o fim da qualificação e você está tentando a pole, acho que dá para esquecer o medo…
Gilles Villeneuve
E foi assim mesmo que ele morreu, sem medo...

E continue descansando em paz, Gilles.

Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - ...

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