quarta-feira, 2 de julho de 2014

F1 - Há 29 anos, morria o herói David Purley

David Purley 1945 - 1985
Há exatos 29 anos, morria David Purley em um acidente quando pilotava um biplano de acrobacia aérea, ao largo da cidade galesa de Bognor Regis, o seu avião descontrolou-se e caiu ao mar e seu corpo nunca foi encontrado, ele tinha 40 anos.
Na Fórmula 1, David Purley correu em apenas sete grandes prêmios nas temporadas de 1973, 1974 e 1977.
Na minha opinião Purley é um dos maiores heróis que a categoria já teve, não por seus feitos na pista, o piloto jamais pontuou, mas por um feito de bravura no GP da Holanda de 1973.

O britânico parou seu carro para tentar salvar a vida de seu amigo, o compatriota Roger Williamson, que sofrera um acidente. Williamson não conseguia sair do carro que estava em chamas e virado ao contrário enquanto Purley fazia de tudo para ajudá-lo.
O piloto gesticulava pedindo ajuda dos comissários, que nada fizeram além de olhar e tentou até desvirar o carro sozinho. Ao perceber que nada mais poderia ser feito, Purley caminhou desolado, chegando a ficar no meio da pista, com os demais pilotos passando em alta velocidade. Roger Williamson faleceu com 25 anos asfixiado pela fumaça.
Na época, Purley foi condecorado com a medalha George Cross, a mais alta distinção inglesa por coragem em situações de salvamento.

O acidente de Roger Williamson
Guinness World Records
David Purley está na história da Formula 1 também por um outro motivo, em 1977, quando corria no seu próprio carro, nas pré-qualificações do GP de Inglaterra, em Silverstone, Purley perdeu o controle de seu carro e bateu no muro a 173 Km/hora. Ele sofreu uma desaceleração de 178 G, o que fez bater um record do Guiness como o homem que sobreviveu a pior desaceleração já vista. Somente em 12 de outubro de 2003, no Texas Motor Speedway, esse record foi superado pelo sueco Kenny Brack, quando seu carro decolou e se chocou contra o alambrado, na reta oposta: Brack foi submetido a uma desaceleração de 214 G.
O carro destruído de Purley é mantido até hoje em um museu.


Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - Relembrando...

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