“Isto era algo bonito. Era sempre um grande momento ver Ayrton Senna com a bandeira brasileira e Nigel Mansell com a do Reino Unido. Era uma boa mensagem para o esporte e para os torcedores, pois mostrava paixão”
Mark Webber
Mark Webber
Mark Webber após um 5º lugar em sua estréia no GP da Austrália de 2002 |
Me lembro bem da primeira corrida de Mark Webber, foi em 2002, pela simpática Minardi. Um 5º histórico em sua terra natal, com direito a subir no pódio ao lado de Giancarlo Minardi.
Dez anos se passaram, Mark Webber subiu a duras penas com o passar dos anos, além da Minardi, passou por Jaguar e Williams, para enfim chegar a até então equipe média Red Bull.
A equipe cresceu e com ela as primeiras vitórias de Webber apareceram. Mark já foi presidente da associação de pilotos e disputou até a última corrida o título de 2010 contra Vettel e Alonso. Não foi campeão.
Há poucos meses Webber fez críticas a FIA com suas novas “regras” extra corrida.
O novo formato do pódio irritou Webber e com certeza outros pilotos que não tem a mesma coragem que o australiano tem para falar.
A vitória de Webber em Silverstone com seus mil dignatários querendo aparecer |
Concordo com ele, a tecnologia é essencial para a Fórmula 1, mas existem algumas coisas em que a tradição deve prevalecer.
Webber citou também o fato da FIA proibir os pilotos de erguerem as bandeiras de seus países, como costumava fazer Ayrton Senna e de vez em quando Nigel Mansell após suas vitórias, ainda no carro. Isso mostrava orgulho por seu país, paixão e era um ótimo exemplo de patriotismo.
Mark Webber certamente vem para seu último ano na Red Bull, deve se aposentar ao final de 2013. Em 2010 teve o título nas mãos, porém perdeu para seu companheiro Sebastian Vettel, outra chance como aquele talvez ele não tenha, já mostra sinais de que a distância para Vettel é cada vez maior. Agora só não se sabe se é Vettel quem melhora ou Webber que está “caindo”.
Webber nunca esteve entre meus pilotos favoritos, mas fala o que pensa e quando quer, e isso eu admiro em um piloto que nos dias de hoje vive em um mundo tão cheio de regras que a F1 imposta.
“Você está cheio de adrenalina. Animado. Nesses casos, você geralmente acabou de ter um GP incrível e, às vezes, você pode não usar a linguagem adequada, mas estamos atentos a isso. É outra parte do fim de semana em que temos que nos atentar”, acrescentou sobre o “puxão de orelha” que levaram Vettel e Raikkonen ao serem entrevistados no pódio e soltarem alguns palavrões.
Por fim, mais uma critica de Webber aos novos procedimentos da FIA.
“Não fiquei impressionado em Silverstone com mil dignatários lá em cima. O pódio tem que ser para pilotos, ninguém mais. Uma imagem clara da comemoração dos pilotos e do que eles alcançaram. Ter uma porção de gente na frente e tendo seus cinco minutos [de fama]. Isso me irritou.”
Infelizmente essas criticas não farão sequer cócegas aos velhos cabeças-duras que regem a F1, nada mudará e teremos que engolir todas essas “frescuras” que tanto irritam Mark Webber e este que vos escreve.
Pilotos precisam ser eles mesmos, e não bonecos dirigidos por uma organização.
Rômulo Rodriguez Albarez - São Paulo/SP - SPFC, el campeón volvió!
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