segunda-feira, 2 de abril de 2012

F1 - Um esporte solitário


A Fórmula 1 é um esporte interessante, solitário.

E não falo de quem é diretamente envolvido com o negócio, ou de pilotos, mas falo de quem assiste.

A maior rivalidade da história da F1 - Prost e Senna
Adoro futebol, sou Tricolor Paulista e não abro mão. Porém, no país do futebol, o meu esporte número um é o automobilismo, mais precisamente a categoria chamada Fórmula 1.
Quando eu era pequeno, queria fazer tudo o que meu pai fazia, e meu pai sempre estava ali assistindo as corridas de Fórmula 1, vendo o Piquet, torcendo pelo Senna. Naturalmente ao seu lado estava eu, vendo minhas primeiras corridas.
Em maio de 1994 perdemos Ayrton Senna, e com isso meu pai perdeu a graça pelas corridas, e como de costume, via apenas a largada e a última volta, vai entender, no demais, estava eu ali, sozinho.
Depois da morte de Senna, vi alguns campeões mundiais, nenhum deles brasileiro. O problema é que não segui a tendência do meu país, que sem seu grande herói deixou de ver a Fórmula 1.
Fui pegando tanto gosto que fui estudando a Fórmula 1, vasculhava sebos atrás de revistas, depois veio a internet e a vida melhorou.
Queria que a Fórmula 1 tivesse um “terceiro tempo” após a corrida, mas a grade da RGT com suas propagandas é tão grande e urgente, que não sobra espaço para o jornalismo ao vivo e de qualidade, queria que fosse motivo de rivalidade sadia entre grupo de pessoas, queria que fosse assunto, assim como o futebol, mas sei que é algo impossível, ainda mais em nosso país.
Por isso digo que é um esporte solitário, não tenho com quem brigar, discutir, tirar sarro.
Assim como no futebol, de vez em quando a sujeira que o homem proporciona por causa de dinheiro e interesses vem a tona e tenta denegrir a beleza do esporte.
Mas a essência da categoria está lá, intocada, junto com sua história, junto com um argentino manco, um escocês pastor de ovelhas, um austríaco renascido das cinzas, um canadense morto sem ter chegado ao olimpo, um francês do nariz torto, um brasileiro com uma bandeira, e outros tantos que fizeram da Fórmula 1, a minha paixão nacional.


Jim Clark e Graham Hill, a criança ao fundo é Damon Hill, filho de Graham e campeão de 1996

Argentino manco – Juan Manuel Fangio; Escocês pastor de ovelhas – Jim Clark; Austríaco renascido das cinzas – Niki Lauda; Canadense morto sem ter chegado ao olimpo – Gilles Villeneuve; Francês do nariz torto – Alain Prost; Brasileiro com uma bandeira – Ayrton Senna.

Rômulo Rodriguez Albarez - SP/SP - Esfria ou não esfria?

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