quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Jamais me esquecerei - 22/11 - "Tio" Paul


No início do ano, mais precisamente no mês de março, andava pela Livraria Saraiva quando comprei um CD duplo com DVD. Nele continha as músicas tocadas ao vivo nos CD e o show completo no DVD de ninguém menos que Paul McCartney. Show esse realizado na cidade de Nova York em 2009. Eu jamais imaginaria que o CD “Good Evening New York City” de Sir Paul McCartney seria tão significativo em 2010 pra esse garoto que vos escreve.
Meses depois surge o boato, Paul McCartney viria ao Brasil, notícias chegavam e as especulações aumentavam, umas levavam o senhor de 68 anos a tocar em Brasília, Minas Gerais, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, graças a copa do mundo o Maracanã entrou em obras e o show finalmente foi anunciado para minha alegria em São Paulo.
Por alguns imprevistos que deixarei de lado, não fui atrás de comprar meu ingresso para o primeiro e até então único show do ex-beatle no Morumbi. Foi aí que veio a notícia, um segundo show foi anunciado, não deu outra, batalhei, corri, perdi umas horas de sono e finalmente comprei dois ingressos pela internet.
Até o momento tudo bem, a ficha não havia caído e no dia 15 de novembro fui ao estádio do meu time do coração retirar meus ingressos, os guardei como se fossem um bolo de dinheiro.
No dia 21 de novembro, deitei para dormir, e como já era de se esperar não dormi. Levantei às 10h da manhã após uma noite muito mal dormida, me arrumei e fui encontrar minha amiga Ellen (@ellenkency), garota indígena e cristã, uma benção, escreve muito bem e é uma ótima companheira para dias como esses, além de ótima conselheira quando se precisa. No shopping ela estava por levar uma camiseta de zebra para usar no show, pediu minha opinião e eu como bom cavalheiro concordei com sua péssima escolha, depois ela acabou não levando a camiseta, levou apenas óculos escuro que, por sinal ficou muito bom.
Andamos no shopping e fomos pegar o ônibus, no caminho, uma boa conversa, boa música e a certeza de não saber o ponto em que desceríamos, ainda mais com o cobrador parecendo estar mais perdido que nós.
Ao descer do ônibus, graças a Deus no ponto certo, o céu escuro, a chuva e um tiozinho vendendo pedaços de plástico (capas de chuva) a R$5,00, um “roubo” que nos salvou, pois alguns minutos depois de uma bela caminhada bem rock ’n roll a chuva desaba. Paramos no posto de gasolina perto do Estádio do Morumbi e colocamos nossos “plásticos”.
Chegamos ao estádio, meu Deus, quanta gente. Também, o que eu estava querendo, um show do Paul McCartney só pra o garoto aqui?
Após o famoso “quem tem boca vai a Roma” achamos a fila certa. Já estávamos ensopados antes mesmo de achar o fim da fila para se acomodar, a Ellen estava parecendo a Lilo, do desenho “Lilo e Stich”, e eu, um patinho molhado, mais tudo bem, show de rock é assim mesmo.
Na fila conhecemos ótimas pessoas, delas um garoto com nome de cantor de rock nacional (@paulo_ricardo), uma tia e sua sobrinha, que mais tarde passariam a ser por consideração, minha tia e prima, após alguns minutos de conversa já parecíamos amigos, os gostos musicais, histórias e fatos se encaixavam e já não estávamos mais só eu e a Ellen, muito bom conhecê-los.
Finalmente a fila anda, eu e Ellen havíamos comprado litros e litros de água, a revista policial nos fez jogar tudo fora ao entrar no estádio.
Em tudo daí graças, entramos no estádio, a chuva caia e achamos bons lugares na arquibancada laranja, um tanto longe mais não importava, estávamos lá.
Cerca de uma ou duas horas depois chega meu amigo de longa data Marco, ele estava trajando uma capa amarela, idêntica as capas do desenho do Pica-Pau nas Cataratas, pronto, estávamos todos lá, agora era esperar pelo show. Durante a espera debaixo de chuva, muitas risadas, histórias, boa músicas, expectativas e descobertas, por exemplo, descobri que a Ellen, ou Dona K como a chamo carinhosamente fica melhor com minha boina do que eu, aliás, acho que todo mundo fica melhor com minha boina do que eu, acho realmente que ela não foi feita pra mim.
O estádio foi enchendo, o pessoal se animando, e vi a garrafa de água mais cara da minha vida, a solução era olhar pra cima e abrir a boca pra beber a água da chuva. Foi aí que...
...um belo dia chuva trouxe a noite, e com suas gotas trouxe a lenda, às 21h43 do dia 22 de novembro de 2010, no Estádio do Morumbi, na cidade de São Paulo, eis que surge Paul McCartney.
Não preciso aqui falar sobre o que foi tocado ou dito no show, mas ver ao vivo Paul McCartney cantando suas belas músicas é algo que não se esquece, “meu tio” fez bonito, cantou e encantou, tenho certeza que as 64 mil pessoas que ali estavam não vão esquecer esse dia.

Jamais me esquecerei

Jamais me esquecerei o dia em que cantei com Paul McCartney as músicas Yesterday, My Love, The Long and Winding Road, Something, Let It Be, Hey Jude etc. Inesquecível dia 22 de Novembro de 2010.

Jamais me esquecerei da lua que saiu enquanto Paul cantava Here Today em homenagem ao John Lennon.

Jamais me esquecerei do som de 64 mil vozes cantando o trecho final de Hey Jude (Naaaa NanaNanananaaaaa Hey Jude).

Jamais me esquecerei do choro contido e dos sorrisos da Ellen ao ouvir certas músicas, sempre me lembrando que 20 anos atrás era a mãe dela que estava em um show do Paul McCartney. Foi o melhor presente que já dei para um amigo ou uma amiga Dona K.

Jamais me esquecerei do “EEEhh São Paulo” cantado pelo Paul.

Jamais me esquecerei onde estive no dia 22 de novembro de 2010. Foi um longo e tempestuoso caminho até ali, e põe tempestuoso nisso.

E é claro, jamais me esquecerei do “Até breve” de Sir Paul McCartney, dizendo que volta ao Brasil em breve.

E por que tantos “jamais me esquecerei”? Achei que cada um deles merecia um parágrafo separado. É claro que tenho outros “jamais me esquecerei”, porém, os guardarei comigo.

No final das contas, achei o ingresso barato.

Obrigado ao que estiveram comigo nesse dia especial. Sei que sempre nos lembraremos.


Rômulo Rodríguez
22/12/2010
São Paulo em meio ao calor e 1 mês depois exatamente.


Hasta Luego

6 comentários:

  1. E eu tão tola, achei que havia sido a única a reparar que a maravilhosa lua saiu pra se mostrar no exato momento em que o Morumbi cantava Here Today. Seu texto me levou de volta.

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  2. também estava de arquibancada laranja, achei que aquela distância, a chuva e o poste de transmissão atrapalharia alguma coisa. Nada, aquele foi o melhor dia da minha vida! Na hora que começou o show, a chuva parou, o Paul disse "tudo bem na chuva", e apareceu a lua cheia. O resto você pode ver em relatos do show do Paul. Mas ele é incrível, o cara!

    É bom saber que eu e mais 64 mil pessoas também se emocionaram tanto quanto eu.

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  3. Ola meu caro amigo de longa data tambem foi extramente espetacurlamente brilhantemente e outras palavras q terminem com ente esse dia começando pela expectativa de conceguir compra p ingresso lembra nosssaaaaaa a gente podia perde qualquer coisa menos esse showw
    cara a gente viu um beatle ao vivo e com certeza o melhor foi muito bom ver o show com meu velho amigo relembra nossas cançoes e dedotas antes do show e relembrar tbm quando participei do epsodio do pica pau nas cataratas eu estava la tbm maisssss o mais importante e emocionante foi cantar as musicas do sir so vivo musicas no qual nos cantavamos juntos a caminho de nossas casas e serviço emocionante cara muito bom esse texto eu nao tenho palavras desse dia inesquecivel simplismente o q digo é a gente viu um beatle ao vivo e vivo cara muito espero ver outros como esse dificiu encontrar um igual talvez impossivel mais o q importa vendo ao lados de amigos é bem melhor
    abraaaço mennnnnn....

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